EUA e mais sete países denunciam "comportamento ilegal" de Pyongyang e defendem sanções
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, denunciou hoje "o comportamento ilegal" da Coreia do Norte como "uma ameaça à paz e segurança internacionais", com os lançamentos de mísseis por Pyongyang nos passados dias 11, 14 e 17.
"Esses lançamentos demonstram a determinação do regime (norte-coreano) de criar armas de destruição em massa e programas de mísseis balísticos a todo o custo, inclusive às custas de seu próprio povo", acrescentou.
A declaração conjunta apresentada por Linda Thomas-Greenfield foi feita em nome da Albânia, Brasil, França, Irlanda, Japão, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.
"Foi apenas na semana passada que estivemos neste pódio para condenar o lançamento de mísseis balísticos pela República Popular Democrática da Coreia (RPDC) em 05 de janeiro. O regime realizou três lançamentos adicionais de mísseis balísticos desde então, em 11 de janeiro, 14 de janeiro e 17 de janeiro", lê-se na declaração.
Linda Thomas-Greenfield recorda que "a própria Coreia do Norte publicou fotos que confirmam o lançamento de mísseis balísticos após todos os quatro eventos de lançamento".
"E sabemos que os lançamentos de mísseis da RPDC que usam tecnologia de mísseis balísticos violam as resoluções do Conselho de Segurança", acrescentou.
A diplomata norte-americana salienta que os oito países subscritores da declaração conjunta urgem os restantes Estados-membros do Conselho de Segurança a unirem-se-lhes "na condenação da RPDC pelos seus atos que violam as resoluções" daquele órgão das Nações Unidas.
"É essa unidade, no discurso e na ação, que ajudou no passado a trazer a RPDC para a mesa de negociações e pode promover a estabilidade da região e da comunidade internacional", justificou.
A diplomata insta ainda ao "apoio proativo" à aplicação de sanções "para quem contribui para os programas de armas ilegais da RPDC, como os que os Estados Unidos propuseram na semana passada".
Apelou ainda a "todos os Estados-membros" para que apliquem as resoluções do Conselho de Segurança, aprovadas por unanimidade por este órgão da ONU, que "instam a RPDC a abandonar os seus programas de armas de destruição em massa e mísseis balísticos de maneira completa, verificável e irreversível".
Caso não o façam, estão a passar "um cheque em branco" a Pyongyang "para avançar no seu programa" balístico.
Os oito países manifestam ainda que vão continuar a afirmar-se "contra as ações desestabilizadoras da RPDC como uma afronta à paz e estabilidade regional e internacional".
"Apelamos à RPDC para que cesse essas ações ilegais e volte ao diálogo. Estamos prontos para apoiar um retorno significativo ao empenhamento e à diplomacia sem pré-condições. E reafirmamos o nosso compromisso em alcançar paz e estabilidade duradouras na região e com a desnuclearização completa da Península Coreana, de acordo com as resoluções relevantes do Conselho de Segurança", conclui a declaração conjunta.