EUA acusam quatro bielorrussos de desvio de avião da Ryanair para deter jornalista
O Departamento de Justiça dos EUA acusou hoje quatro funcionários governamentais bielorrussos do desvio de um avião da Ryanair, em 2021, para deter um jornalista da oposição que estava a bordo.
De acordo com um comunicado do procurador federal de Manhattan, os quatro funcionários bielorrussos são acusados ??de "conspiração para cometer um ato de pirataria para desviar o voo 4978 da Ryanair".
O desvio do avião, justificada por Minsk por uma alegada ameaça de bomba a bordo, provocou protestos internacionais e levou a União Europeia a impor sanções à Bielorrússia.
Em comunicado, o procurador Damian Williams disse que os arguidos violaram os padrões seguidos internacionalmente para manter seguros os voos comerciais.
Em agosto, o Presidente Joe Biden impôs sanções contra a Bielorrússia, que coincidiram com a passagem de um ano da eleição presidencial de Alexander Lukashenko, um escrutínio que tanto os EUA como os países ocidentais disseram estar repleta de irregularidades.
Lukashenko recebeu um sexto mandato à frente da nação do Leste Europeu no ano passado numa votação que a oposição e muitos no Ocidente consideraram fraudulenta.
A crença generalizada de que a eleição foi roubada desencadeou protestos em massa na Bielorrússia, que levaram ao aumento da repressão do regime de Lukashenko contra manifestantes, dissidentes e imprensa independente.
Mais de 35.000 pessoas foram presas e milhares foram espancadas e presas.
Os quatro acusados ??foram identificados como sendo Leonid Mikalaevich Churo, diretor-geral da Empresa de Serviços de Navegação Aérea Unitária Republicana Belaeronavigatsia - a autoridade de navegação aérea do país -, Oleg Kazyuchits, vice-diretor geral da Belaeronavigatsia, e dois quadros dos serviços de segurança do Estado da Bielorrússia, Andrey Anatolievich "Lnu" e "Fnu Lnu".
O quarto funcionário e o sobrenome do terceiro funcionário não foram divulgados.