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Época chuvosa já provocou 14 mortes em Moçambique

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Foto  Alfredo Zuniga / AFP

Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 53.269 foram afetadas por desastres naturais desde outubro em Moçambique, segundo o mais recente relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique.

O número de pessoas afetadas corresponde a um total de 11.022 famílias, havendo 43 pessoas que ficaram feridas, desde 01 de outubro de 2021 até segunda-feira, refere o INGD no documento, enviado ontem à Lusa.

As mortes, 11 das quais registadas na Zambézia, província do centro de Moçambique, foram causadas por relâmpagos, arrastamento de águas, desabamento de residências e queimadas descontroladas.

A atual época das chuvas causou ainda a destruição parcial e total de 5.588 casas e inundou outras 5.759, além de destruir também 987 salas de aulas de construção precária e convencional, afetando 114.110 alunos e 385 escolas.

Segundo as autoridades, as intempéries afetaram oito unidades hospitalares, 55 casas de culto e 70 postos de energia.

Moçambique está a meio da época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de outubro e abril, com tempestades oriundas do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) de Moçambique alertou, no domingo, para a possibilidade de formação de um ciclone, que pode implicar riscos para o país.

As águas quentes desta altura do ano no oceano Índico, incluindo no canal de Moçambique, são um dos fatores que contribuem para a formação de ciclones que costumam atingir a costa moçambicana.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois dos maiores ciclones (Idai e Kenneth) de sempre a atingir o país.