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Marinha russa inicia manobras militares em larga escala em todo o território do país

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Foto Lusa

A Marinha russa anunciou hoje manobras em larga escala em todo o território nacional, com a participação de mais de 140 navios e cerca de 10.000 soldados.

"A Marinha russa vai efetuar uma série de exercícios em todas as zonas de responsabilidade da frota", informou em comunicado o Ministério da Defesa.

O chefe da Marinha, o almirante Nikolai Yevmenov, vai dirigir em janeiro e fevereiro diversos jogos navais em que participarão mais de 60 aviões e cerca de mil unidades militares.

O objetivo das manobras consiste na "defesa dos interesses nacionais russos nos mares" e ainda "na luta contra as ameaças militares" ao país.

O comunicado precisa que os navios e aviões russos vão efetuar exercícios em águas territoriais e internacionais, para além das manobras separadas desde o mar Mediterrânico ao mar do Norte e mar de Okhotsk, e no Oceano Pacífico e parte nordeste do Atlântico.

No âmbito destes exercícios, seis grandes navios de desembarque das frotas russas do norte e do Báltico já zarparam do porto de Baltisk (no enclave russo de Kaliningrado) rumo ao Mediterrâneo.

Ao coincidir com este anúncio, unidades de infantaria da Marinha russa chegaram hoje à Bielorrússia para as manobras "Determinação aliada - 2022".

Estes exercícios, considerados "preocupantes" pelos Estados Unidos pelo facto de também decorrerem junto à fronteira ucraniana, têm por objetivo testar as capacidades das forças de reação rápida russas e bielorrussas em quatro aeródromos e cinco polígonos militares.

Moscovo nega a intenção de invadir militarmente a Ucrânia e defende o direito a realizar manobras no seu território e nas suas redondezas na sequência do Acordo Estatal Rússia-Bielorrússia, ao mesmo que tempo rejeita significarem uma escalada na fronteira com o país vizinho.

Na quarta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, prometeu em Kiev o reforço da ajuda militar à Ucrânia e alertou que o Presidente russo Vladimir Putin tem capacidade de "duplicar" a sua presença militar na fronteira com a Ucrânia "em muito pouco tempo".