Coronavírus Mundo

Milhares reúnem-se para protestar contra as medidas de restrições no Países Baixos

None
Foto EPA/PHIL NIJHUIS

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Amesterdão, desafiando a proibição para a realização deste protesto, contra as restrições impostas pelo Governo dos Países Baixos para combater a pandemia de covid-19.

Os manifestantes reuniram-se numa praça central antes de marchar em direção a um parque.

Um pequeno grupo de manifestantes entrou num breve confronto com a polícia antimotim quando os agentes organizavam a retirada da multidão da Praça dos Museus, com base numa determinação da autarca de Amesterdão, Femke Halsema.

Os jornalistas presentes no local viram pelo menos uma pessoa a ser detida.

O governo local proibiu o protesto e argumentou que a polícia tinha indicações de que alguns manifestantes poderiam estar planeando ir à manifestação "preparados para a violência".

Posteriormente, o município emitiu uma ordem de emergência para as pessoas deixarem a praça e a polícia antimotim entrou em ação para esvaziar a área, enviando os manifestantes para as ruas próximas.

Antes de os polícias atuarem, alguns participantes desfraldaram uma faixa que dizia: "Menos repressão, mais cuidados", nas proximidades do Museu Van Gogh.

Um grupo de pessoas com fatos-macacos e máscaras brancas segurava cartazes, incluindo um que dizia "Não se trata de um vírus, trata-se de controlo" e outro em que estava escrito "Liberdade". Uma pessoa caminhava no meio da multidão a carregar uma bandeira com a frase "Trump 2024".

Houve uma forte presença das forças de segurança na Praça dos Museus e nas ruas próximas. O município designou a área como uma região de risco de segurança, dando à polícia autoridade para revistar as pessoas preventivamente.

Depois de marchar pela cidade, os manifestantes começaram a agrupar-se num parque no oeste de Amesterdão para uma reunião do partido populista Fórum pela Democracia.

A manifestação aconteceu no mesmo dia em que a polícia holandesa disse que tomaria medidas para protestar contra as crescentes demandas do seu trabalho. Representantes sindicais disseram que a polícia antimotim continuaria a trabalhar, se necessário.

As taxas de infeção pelo novo coronavírus têm diminuído gradualmente há semanas nos Países Baixos, que reintroduziu medidas de confinamento em novembro e as tornou ainda mais restritas durante o período das festas de fim de ano.

A média de sete dias de novos casos diários caiu ligeiramente na semana passada, para 85,55 novos casos por 100.000 pessoas, mesmo quando a mutação Ómicron se tornou na variante dominante do país.

Sob confinamento, todo o comércio não essencial está encerrado juntamente com bares, restaurantes e locais como museus, teatros e cinemas.

Em novembro, uma manifestação contra as medidas de combate ao novo coronavírus explodiu em tumultos violentos em Roterdão, e as manifestações na Praça do Museu terminaram em confrontos entre a polícia e os manifestantes que ignoraram as ordens para deixar a área.