Biden admite falhas na estratégia de testes e "fadiga" da pandemia
O Presidente dos EUA, Joe Biden, admitiu hoje que a administração deveria ter feito mais testes para detetar a covid-19 meses atrás e que isso tem contribuído para a "fadiga" da pandemia, principalmente após a chegada da variante Ómicron.
"Embora tenhamos feito muitos progressos, sei que há muita frustração e fadiga", disse Biden, que falava numa conferência de imprensa para assinalar o primeiro ano do seu mandato, que se completa na quinta-feira.
"Deveríamos ter feito mais testes antes? Sim. Mas estamos a fazer mais agora. Passámos de zero testes (de antigénio) para fazer em casa, há um ano, para 375 milhões de testes no mercado só este mês", acrescentou.
O Presidente reconheceu que a chegada da variante Ómicron, que definiu como um "inimigo", num momento em que a pandemia parecia estar a diminuir, "tem sido muito" difícil para muitos americanos suportarem, mas ressaltou que esse fenómeno não deve causar "pânico".
"(A luta contra a pandemia) é um trabalho que ainda não acabou. Vamos melhorar. Estamos a caminhar para um momento em que a covid-19 não vai atrapalhar o nosso dia a dia, em que a covid-19 não será uma crise", prometeu.
Biden acrescentou confiar que as vacinas e os testes continuam a "salvar vidas" e a "manter empresas e escolas abertas" e insistiu que 95% das escolas do país permaneçam abertas apesar dos problemas causados ??pela variante Ómicron.
As autoridades de saúde dos EUA foram alvo de fortes críticas nas últimas semanas devido às recomendações considerada confusas sobre os dias de isolamento e o uso de máscara face à variante Ómicron.
A Casa Branca tentou corrigir a sua resposta nos últimos dias, anunciando que os norte-americanos podem solicitar no máximo quatro testes de antigénio gratuitos por domicílio, e que também terão acesso gratuito a um total de 400 milhões de máscaras do modelo N95 em vários locais em todo o país.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.413 pessoas e foram contabilizados 2.003.169 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.