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Salário mínimo regional gera mais receita para o GR do que para o trabalhador, alerta Nuno Morna

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Foto Arquivo

O coordenador da Iniciativa Liberal (IL) Madeira veio hoje a público alertar para o facto de o aumento do salário mínimo na Região gerar mais receita para o próprio Governo Regional (GR) do que para o trabalhador.

"Como o faz todos os anos, o Governo Regional decidiu aumentar o Salário Mínimo na Região para 723 euros, com efeitos a partir de Janeiro de 2022", começou por referir Nuno Morna em nota remetida à imprensa.

"Embora este aumento ainda não tenha sido promulgado no JORAM (Jornal Oficial da Região Autónoma da Madeira), já foram actualizadas as tabelas de IRS conforme o Despacho n.º 550/2021, que, após breve análise, torna evidente que um trabalhador dependente que aufira o salário mínimo na Madeira, não casado e sem filhos, pague 3,2% de IRS, quando deveria estar isento, como acontece no continente", aponta, passando a ilustrar:

Ou seja: 723€ x 3,2% = 23,136€723€ - 23,136€ = 699,84€

"O governo consegue assim gerar mais receita para si, do que para o trabalhador, pois dos 41 euros de aumento, 23 euros são para o Estado e 18 euros para o trabalhador", conclui, observando que a Madeira apresenta assim "um valor líquido pior que o aumento para 705 euros, definido no continente".

Sobre o aumento do salário mínimo, Nuno Mornas salvaguarda ainda que não pretende "discutir os méritos ou deméritos desta acção", explicando porém que o seu partido entende "ser na subida dos salários médios que se alavanca quem menos ganha".