Alemanha ultrapassa 100 mil casos diários pela primeira vez
A Alemanha ultrapassou pela primeira vez desde o início da pandemia os 100 mil novos casos diários de infeção por SARS-CoV-2 e regista um novo valor máximo relativo à incidência, pelo sexto dia consecutivo, segundo as autoridades sanitárias alemãs.
Na mesma altura em que são conhecidos os novos valores, o ministro da Saúde, Karl Lauterbach, afirma que o "pico da nova onda" vai ocorrer em meados de fevereiro.
Na última 24 horas contabilizaram-se 112.323 novas infeções e morreram 239 pessoas com covid-19, sendo que foram registados 972.400 casos ativos no país.
A incidência acumulada aumentou até aos 584,4 novos contágios por cada 100 mil habitantes (em sete dias), face a 553,2 na terça-feira, a 407,5 na semana passada e a 315,4 no mês de dezembro, de acordo com os dados do Instituto Robert Koch que foram atualizados durante a madrugada.
Na Alemanha, desde o início da pandemia, 116.081 morreram com covid-19 e no total foram registados 8.186.850 casos de contágio.
A taxa acumulada referente a internamentos, nos últimos sete dias, situa-se nos 3,17 por cada 100 mil habitantes enquanto a ocupação nas unidades de cuidados intensivos, com covid-19, é de 12,2% das camas disponíveis para a população adulta.
Até segunda-feira, 75,1% da população alemã (62,5 milhões de pessoas) foi vacinada: 72,8% com duas doses (60,6 milhões de pessoas) e 47,6% (39,9 milhões de pessoas) receberam a dose de reforço.
Entretanto, o ministro da Saúde disse à cadeia RTL que a Alemanha vai "atingir o pico desta quinta vaga" causada pela variante Ómicron "provavelmente em meados de fevereiro".
Lauterbach voltou a insistir na necessidade de ser adotada a vacinação obrigatória contra o SARS CoV-2 que, sublinhou, "já chega tarde para a onda atual" mas que pode ser "uma grande ajuda" para o próximo outono.
"A probabilidade de que no outono não venhamos a ter uma nova variante é muito escassa", alertou o ministro acrescentando que neste momento verificam-se "constantemente" mutações do vírus.
"O perigo é que surja uma 'variante recombinada'" com a perigosidade da Delta e a elevada transmissão da Ómicron, assinalou.
"Nesse quadro ficamos na realidade de 'mãos atadas', se continuarmos com este grande número de pessoas não vacinadas e que temos de proteger para que seja evitada uma saturação do sistema de saúde", afirmou.