Ex-presidente ucraniano regressará ao país para combater acusações de traição
O ex-presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou hoje que vai regressar à Ucrânia para combater acusações de traição, porque acredita que lutar contra elas vai ajudar na defesa da unidade nacional.
"Voltarei à Ucrânia para lutar pela Ucrânia", disse Poroshenko, em conferência de imprensa, acrescentando que considera a luta contra as acusações de "motivação política" como parte de sua luta patriótica pela nação.
Apesar da gravidade das acusações, Poroshenko mostrou-se otimista.
Questionado sobre se considerava ser preso ao regressar a casa, Poroshenko respondeu: "Definitivamente não".
Poroshenko foi derrotado nas urnas após um escândalo de corrupção e um histórico misto de reformas, mas emergiu com fortes credenciais de patriota com a reconstrução do exército ucraniano enquanto combatia insurgentes apoiados pela Rússia no leste.
Petro Poroshenko falava em Varsóvia antes de se deslocar a Kiev, capital da Ucrânia, na segunda-feira, onde está a enfrentar acusações no tribunal.
Para Poroshenko, a atual liderança da Ucrânia é responsável pela unidade nacional, e referiu que "a Rússia está realmente a tentar a desintegração e conflito dentro do país".
"Acho que esta é uma ação muito irresponsável da atual liderança para desintegrar o país e arruinar a unidade", considerou.
Um procurador alegou que Poroshenko, um dos empresários mais ricos da Ucrânia e dono da confeitaria império Roshen, esteve envolvido na venda de grandes quantidades de carvão que terão ajudado as finanças russas na intervenção no Leste da Ucrânia em 2014-2015.
O Tribunal de Kiev já congelou os ativos de Poroshenko como parte de sua investigação sobre as alegações de alta traição, mas o ex-presidente ucraniano insiste na sua inocência, acusando o seu sucessor, o presidente Volodymyr Zelenskyy, de tentar desacreditá-lo politicamente para distrair de outros.