CMF anuncia prémio literário destinado aos jovens
Pedro Calado anunciou, esta sexta-feira, dia 14 de Janeiro, que a Câmara Municipal do Funchal (CMF) irá criar um prémio literário direccionado para os jovens dos 13 aos 18 anos, que deverá ser lançado em 2023.
A revelação foi feita durante a cerimónia de entrega do Prémio Literário Edmundo Bettencourt, que decorreu esta tarde, no salão nobre do edifício dos Paços do Concelho.
Na ocasião, adiantou também que o departamento de Cultura do Município terá um orçamento reforçado em 2022 - "significativamente superior ao ano anterior" - com o objectivo de "trazer os jovens para a escrita" e "incentivar à Cultura aqui na nossa terra".
Nós temos um desafio grande na área da Cultura para ganhar. Esse desafio é trazer mais jovens para a escrita.
O Prémio Literário da Cidade do Funchal, no valor de três mil euros, foi atribuído ao romance 'Não se entra no mesmo rio duas vezes", da autoria de Drumond Freitas de Almada, que abordou a transição digital do jornalismo e os desafios da profissão num contexto de crise económica.
Na sua intervenção, apontou a inexistência de editoras como uma das "grandes lacunas da Região", que a seu ver "contribui para a escassez de autores madeirenses", ao contrário do que acontece por exemplo nos Açores.
Pedro Calado enalteceu a "ousadia", "coragem" e "persistência" do autor em "manter o seu o trabalho", apesar das dificuldades sentidas na tentativa de fazer publicar o seu livro na Região e comprometeu-se a ajudá-lo na publicação desta obra.
"Ainda bem que há estes prémios, porque nenhuma editora conseguiu ter a luz e a visão que o júri deste prémio teve para reconhecer a sua obra", frisou o presidente da câmara.
Nesta 14.ª edição do prémio - retomado após 10 anos de interregno - foi também distinguida com uma menção honrosa a narrativa poética 'Marionetas', da autoria de Eduardo Quina, entre as oito submetidas a concurso.
O Prémio Literário Edmundo Bettencourt., de carácter anual, tem como objectivo genérico promover a produção de originais de língua portuguesa, incentivar o gosto pela criação de textos literários e divulgar a grande figura madeirense das letras, que lhe empresta o seu nome.
Desde a sua criação em 1996, pelo Município do Funchal, já foram distinguidos 13 autores, maioritariamente madeirenses, que ganharam relevo literário ao longo dos anos, entre os quais: Carlos Nogueira Fino, Lília Mata, José Viale Moutinho, Ana Teresa Pereira e Luís Felício.