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Actos de pirataria marítima descem para 132 em 2021, o valor mais baixo desde 1994

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Foto Lusa

O número de atos de pirataria marítima desceu para 132 ocorrências, o nível mais baixo dos últimos 27 anos, anunciou ontem o Departamento Marítimo Internacional (IMB, na sigla em inglês), motivado pela descida dos ataques na África Ocidental.

De acordo com o relatório anual desta organização que funciona no âmbito da Câmara Internacional de Comércio, o número de ataques marítimos desceu no ano passado para 132, o valor mais baixo desde 1994, uma descida significativa para a qual contribuiu a queda de ataques no Golfo da Guiné, ao largo da costa ocidental de África, que desceu de 81 em 2020 para 24 em 2021.

As águas do Golfo da Guiné, que se estendem por milhares de quilómetros desde Angola até ao sul do Senegal, estão entre as mais perigosas do mundo devido à pirataria, aponta a agência France-Presse.

"As ações robustas das marinhas nacionais e regionais no Golfo da Guiné parecem ter contribuído positivamente para o declínio dos incidentes relatados e garantiram a segurança contínua das tripulações e do comércio", comentou o diretor do Departamento, Michael Howlett.

Mesmo com a redução no número de ataques de pirataria, o Golfo da Guiné é a região onde há mais raptos no mundo a nível marítimo, tendo sido registados, no ano passado, o rapto de 57 tripulantes de navios que atravessam a zona, ficando acima do Golfo de Aden, ao largo da costa da Somália, até agora considerada a principal área de pirataria em África.

Nos últimos anos, estes incidentes que acontecem na costa dos dois maiores produtores de petróleo na África subsaariana, a Nigéria e Angola, tem perturbado as rotas marítimas e custaram milhares de milhões de dólares em prejuízos.

Em sentido inverso, na Ásia registou-se um aumento de 50% no número de ataques no ano passado no Estreito de Singapura, com 35 ocorrências, o valor mais elevado desde 1922.