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Embaixador português retido duas horas num posto de controlo na Venezuela

“Lamentável e grave que o Embaixador de Portugal ficasse retido na Venezuela” classificou Carlos Fernandes

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O deputado do PSD da Assembleia Legislativa da Madeira, Carlos Fernandes classificou de lamentável e grave que o Embaixador de Portugal na Venezuela, Carlos de Sousa Amaro, ficasse retido durante duas a três horas à entrada do estado de Guárico pela Guarda Nacional.

A situação aconteceu quando o Embaixador de Portugal na Venezuela se deslocava para o estado de Guárico para uma reunião com o presidente da Câmara daquele estado que é da oposição, onde foi interceptado pelas autoridades que exigiram ao diplomata uma licença para entrar.

“É lamentável esta situação porque mostra mais uma vez que o regime de Maduro não respeita ninguém. Nem as autoridades, nem a embaixada e até de governadores e outras entidades consulares que vivem na Venezuela,” disse Carlos Fernandes.

Carlos Fernandes explicou que “o que aconteceu foi que o Embaixador ia para o estado de Guárico que fica mais ou menos a 3 a 4 horas de Caracas, onde tinha uma reunião com o presidente da Câmara do estado de Guárico que é contrária ao regime. É da oposição. Nessa reunião iam fazer um protocolo de colaboração para ajudar os idosos daquele estado. Tem havido um trabalho de aproximação para ajudar as pessoas de lá, independente que sejam portuguesas ou não."

“Isto não é a primeira vez que acontece com diplomatas portugueses, mas também já aconteceu com outros e até da União Europeia e agora voltou acontecer com o Embaixador de Portugal na Venezuela,” realçou o deputado do PSD.

Adiantou que "é lamentável porque a comunidade portuguesa é muito acarinhada pelos venezuelanos e esperemos que o regime de Maduro tenha alguma coisa a dizer sobre este caso. Porque foram duas a três horas que o Embaixador passou aí no desespero entre a Guarda Nacional e a polícia política do regime por uma situação que ele não tinha de passar,”

Carlos Fernandes referiu que a polícia estava a exigir ao Embaixador uma licença para entrar no Estado de Guárico. Na Venezuela segundo a constituição as pessoas podem circular no país com a documentação normal. Não tem lógica que uma pessoa para passar de estado a outro tenha que ter uma licença para entrar. Esta situação é meramente política devido a ser um estado da oposição.