eleições legislativas Madeira

Bloco de Esquerda "quer salvar" Serviço Público de Saúde

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Os candidatos do Bloco de Esquerda às eleições legislativas nacionais, pelo círculo da Madeira, reuniram-se com o Sindicato dos Enfermeiros a fim de abordar a questão da precariedade e da necessidade de melhorar carreiras no Serviço de Saúde.

Na oportunidade, Luísa Santos referiu que “o BE quer salvar o SNS e o nosso SRS o que implica naturalmente recuperar as carreiras que estão congeladas desde o Governo de Passos Coelho.” Acusou ainda o Governo PS de não querer mexer no código de trabalho e de ter votado contra a revisão da carreira dos enfermeiros.

“Afinal em que é que se traduziram os aplausos aos profissionais de saúde que foram dados por todos nós durante a pandemia?”, questionou. “A verdade é que isto não se reflectiu em nada de concreto, é isso que viemos hoje aqui confirmar.”

O Bloco de Esquerda recorda dados recentes que dão conta que a nível nacional, mais de 2.000 enfermeiros pediram para ir trabalhar para fora do país desde o início da pandemia. Na Região, segundo o sindicato, há uma carência crónica de enfermeiros, e o SESARAM necessita de, pelo menos, mais 250 enfermeiros. No ano passado, formaram-se 75 enfermeiros, que, na análise deste Sindicato, foram já contratados pelos privados ou emigraram.

Luísa Santos referiu também que “em 2019 a Região fez algo diferente do que no continente. Houve a possibilidade de subida de categoria com a contagem do tempo de serviço e foram recuperados rendimentos que estavam parados desde 2009. Desde essa altura que, na Região, todos os enfermeiros podem subir de categoria, de 10 em 10 anos, mas, se formos fazer contas, são necessários 110 anos de trabalho, para que um enfermeiro atinja o topo da categoria em que se encontra.” Atingir o topo da carreira tornou-se uma "miragem", aponta o BE.

“A solução da Região não resolveu o verdadeiro problema. Defendemos que repor as carreiras e aumentar os ordenados é dignificar o trabalho destes profissionais tão importantes. Isto é o que o BE defende”, concluiu Luísa Santos.