Onze 'jihadistas' foram mortos em ataques aéreos russos na Síria
Onze 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico (EI) foram mortos numa série de ataques noturnos realizados pela força aérea russa no leste da província de Homs, no centro da Síria, indicou hoje uma ONG.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), 11 'jihadistas' foram mortos "nas últimas horas em ataques realizados pela força aérea russa contra o Estado Islâmico no deserto sírio".
Os ataques foram realizados "nos desertos de Al-Sakhné e Tadmor (centro) e no deserto de Deir-Ezzor (leste)", precisou.
"Os 'jihadistas' estão escondidos em cavernas" localizadas nesta região desértica, onde as células do EI ainda estão ativas, disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
Segundo o OSDH, outros 20 'jihadistas' ficaram feridos, alguns deles com gravidade.
Este ataque é o mais mortal desde novembro, quando 16 membros do EI foram mortos em ataques russos.
O OSDH registou mais de 229 ataques aéreos russos contra alvos semelhantes na Síria desde o início do ano e, desde março de 2019, terão sido mortos mais de 1.128 membros do EI.
O autoproclamado califado do grupo fundamentalista Estado Islâmico foi declarado definitivamente derrotado na Síria em março de 2019, no final de uma longa ofensiva apoiada pelos Estados Unidos, mas células do grupo continuam a atacar as forças do regime de Bashar al-Assad no vasto deserto sírio.
Desencadeada em março de 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia no país, a guerra na Síria já custou quase meio milhão de vidas de acordo com a OSDH e causou milhões de deslocados e refugiados.
A Rússia apoia as forças do Governo sírio desde 2015 e, graças a esse apoio crucial, o Presidente Bashar al-Assad conseguiu recuperar grande parte do território que perdeu nos primeiros anos do conflito.