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O extremismo fofinho e o outro...

Se partidos como o CHEGA crescem aqui e noutras paragens da Europa é porque os partidos tradicionais do centro continuam a erodir

Neste mês seremos chamados a escolher uma nova composição parlamentar em São Bento. Cabe-nos escolher seis deputados para representarem os nossos interesses na Assembleia da República. Mais uma vez o Estado prepara-se para excepcionar o isolamento no âmbito da pandemia, para que todos possam votar. Pensando bem, se instalassem nos centros de vacinação, as urnas de voto, seria uma poupança do catano e o Estado esquerdizante seria mesmo o nosso “paizinho”...

A então denominada “crise política” que descambou na dissolução da Assembleia por parte de Marcelo, teve três responsáveis protagonistas que deixaram de se entender, e mesmo em pandemia, resolveram esticar a corda, para que em simbiose e estrategicamente provocasse o que acabou sucedendo, carpindo à sua maneira as suas mirabolantes razões, e atirando entre si como uma indomável ventoinha, a responsabilidade enjeitada do fiasco que acabaram os três, por proporcionar.

Não é alheio este momento, o facto do PSD e sobretudo o CDS terem líderes fracos e sem carisma, muito menos a sangria interna das suas lutas internas e latentes de que são alvo os atuais líderes destes partidos. Contudo, o alegado trunfo do PS, que é António Costa que aposta tudo numa disputa muito personalizada em torno da sua imagem, e do apelo à estabilidade, é ele próprio o epicentro da instabilidade que desembocou nas vindouras eleições, que não garantem de todo uma maioria confortável de quem quer que seja. Quem provoca instabilidade não merece ser compensado e nesse aspeto, os elementos constitutivos da chamada “geringonça”, deveriam ser penalizados.

Apesar do efeito contrário ao pretendido pelo estranho mundo do “politicamente correto”, continuo a assistir na maioria do universo de comentadores e jornalistas, a diabolização do CHEGA e do seu líder André Ventura e uma aversão visceral, até na maneira como o mesmo é entrevistado por alguns profissionais da arte de informar, ditos isentos e parciais. Alguns líderes políticos nacionais definem de “extrema-direita” com toda uma carga tóxica e pejorativa, como se a “extrema esquerda” que militam e adoram, consubstanciada na Venezuela, Cuba, China e Coreia do Norte, fosse a expressão do Jardim do Éden, plena de coelhinhos fofos e ursinhos de peluche.

Quem trouxe para a esfera da influência da governação em 2015 os jurássicos PCP e o BE, foi António Costa com o intuito de se sentar na cadeira do poder.

Se a extrema-esquerda que convive bem com esses regimes e ideologias, pôde influenciar o poder pela mão do PS, porque é que tentam (em vão), estabelecer um cordão sanitário para CHEGA e André Ventura, que está nas antípodas do espectro político dos “camaradas” chamando-lhe fascista, xenófobo, etc?...

Se partidos como o CHEGA crescem aqui e noutras paragens da Europa é porque os partidos tradicionais do centro continuam a erodir, deixando o seu eleitorado desidentificado. Todos sabemos isso, mas aparentemente o tão acarinhado e propalado “regime democrático” está bem confortável com esta imparável realidade.