Nova ETAR do Funchal tem de estar pronta até fim de 2023 para não haver perda de financiamento
Local da infra-estrutura foi visitado pelos presidentes do Governo Regional e da CMF
A CMF espera concluir o procedimento concursal para a construção da nova ETAR do Funchal, a localizar no Lazareto, durante este semestre de 2022 e iniciar a respectiva obra no final do mesmo. Assim, ficará com 18 meses para a execução da empreitada. O Grande objectivo é ter tudo pronto até 31 de Dezembro de 2023. Se isso não acontecer, a CMF não receberá o financiamento europeu da parte da obra que for executada depois daquela data.
A explicação foi dada, ao DIÁRIO, por Pedro Calado, durante uma vista que Miguel Albuquerque e dois secretários regionais do seu Governo, Rogério Gouveia – Finanças – e Pedro Fino – Equipamentos e Infraestruturas, realizaram ao local de implantação do equipamento.
O presidente da CMF explicou que houve uma renegociação com o gestor dos fundos europeus (POSEUR) e foi possível passar o prazo de conclusão de Junho de 2023 para o último dia do mesmo ano.
Na ocasião, foi explicado que a nova ETAR terá cinco pisos, quatro subterrâneos. Na prática, vai ser interceptado a canalização, que já existe, entre as instalações no Almirante Reis e o Lazareto, onde existe o exutor submarino. Os resíduos são então tratados (tratamento primário, na Almirante Reis só há pré-primário) e voltam à tubagem para serem despejados no mar, como já acontece.
Miguel Albuquerque lembra que se trata de uma obra complexa, mas culpa a anterior gestão camarária por ter atrasado todo o processo. Desresponsabiliza-se por esses atrasos, de quando era presidente da CMF, e atribui toda a culpa aos executivos do PS: “Quiseram fazer no Liceu, houve uma grande contestação”.
O Governante diz que o seu executivo sugeriu o Lazareto e tentou facilitar o processo, mas que, ainda assim, não se concretizou. “Esta é uma das obras mais importantes que potenciam a qualidade ambiental, para a cidade do Funchal e para a Região Autónoma”.
A nova ETAR do Funchal vai custar um pouco mais de 19 milhões de euros, 12,5 de financiamento europeu, 4 da CMF e 3 do Governo Regional.