Carlos Pereira critica a Liga e agradece ao Nacional a cedência do Estádio da Madeira
Em entrevista à Marítimo TV, ainda a ser divulgada na integra nesta quinta-feira, Carlos Pereira critica a Liga pela forma como interveio no relvado do Estádio do Marítimo. “A Liga tem agora poderes instituídos pela própria instituição para actuar desta forma, poderes estes que não foram aprovados em nenhuma assembleia geral, e que, na minha opinião, não devem nem podem estar em prática após o campeonato ter começado, na medida em que foi apenas após o arranque da temporada que estas novas medidas foram anunciadas aos clubes, nomeadamente ao Marítimo”, justifica.
O presidente do Marítimo critica ainda a posição da Liga, referindo que após a interdição aplicada ao relvado do nosso estádio para os jogos da Liga, a Federação Portuguesa de Futebol cedeu a cidade do futebol para que o Marítimo pudesse aí receber o Arouca. “Agradecemos o gesto da FPF, mas recusamos essa possibilidade, pois queríamos jogar na Madeira”, diz.
Agora o que Carlos Pereira diz não entender é como “a Cidade do Futebol, em Oeiras, tem capacidade para apenas 2 400 espectadores e, ao colocarmos como opção o Centro Desportivo da Madeira, na Ribeira Brava, a Liga vem recusar alegando que este recinto não tem a lotação mínima exigida de 4000 mil espectadores, referindo ainda a circunstância do Santa Clara e do Belenenses SAD lá terem feito a sua casa aquando da retoma da Liga, para a disputa das ultimas 10 jornadas, após Covid.
O presidente do Marítimo agradece a disponibilidade do Nacional em ceder o seu estádio para que o Marítimo lá possa fazer casa na recepção ao Arouca. Mas lembra, no principio da década de 1990, ter feito força junto da direcção do Marítimo presidida por António Henriques, para que o Nacional jogasse em Santo António na recepção ao Belenenses. “Nessa altura alguns maritimistas viram isso como um grande problema e eu entendi como uma grande solução, porque, à data, o Estádio da Imaculada Conceição era a alternativa aos Barreiros na Região Autónoma da Madeira, colocando em primeiro lugar os interesses da Região, como agora o Nacional o faz”,sustenta.
Neste contexto, Carlos Pereira apela aos sócios e adeptos do Marítimo para que compareçam na Choupana no apoio à equipa no embate com o Arouca. “A equipa, em qualquer circunstância, necessita do apoio dos seus adeptos”, conclui o presidente do Marítimo.