Eleições Autárquicas Madeira

“Artistas e instituições culturais são estruturantes na dinâmica do Coração da Cidade”

Palavras de Diogo Goes numa conferência dedicada à 'Cultura, Património e Ciência'

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O candidato da 'Confiança', à presidência da Junta de Freguesia da Sé, Diogo Goes, foi ontem orador numa conferência dedicada à 'Cultura, Património e Ciência', no âmbito do ciclo de conversas 'Pensar Funchal', desenvolvido pela coligação, tendo em vista a discussão de ideias e apresentação de propostas para o programa eleitoral desta candidatura autárquica.

Nesta ocasião, o candidato aproveitou para apresentar a sua visão estratégica para a cultura no "coração da cidade", apresentando como principais eixos orientadores: "a democracia cultural e a participação cívica; a descentralização; a diversificação da oferta cultural e o desenvolvimento de projectos interdisciplinares".

“Estes eixos deverão responder às premissas de responsabilidade social das instituições e agentes culturais de atuarem na comunidade onde se inserem e contribuírem para a inclusão e coesão social dessas comunidades”, destaca o candidato.

Diogo Goes, aproveitou para revelar também algumas das "mais de duas dezenas" de propostas para a área da Cultura que serão implementadas na Sá, caso vença as eleições.

A saber: "Desenvolver projectos artísticos interdisciplinares e uma programação em rede, activando parcerias com escolas, bibliotecas, galerias, museus, associações culturais e artistas; realizar roteiros de interpretação patrimonial; implementar uma programação anual de eventos para a freguesia da Sé, em articulação com instituições e agentes culturais; investir na conservação do património edificado ou outros bens de interesse cultural; Investir na manutenção e preservação de fontanários públicos; apoio à conservação e restauro de coleções e acervos museológicos; criação de Bolsa de Apoio à Internacionalização Artística; instituir um Prémio/Concurso para Criação Artística na Freguesia da Sé; promover intervenções artísticas no espaço público, com inclusão dos habitantes locais na prática artística e que contribuam para a inclusão e coesão social das comunidades locais; dinamizar o espaço público com uma programação regular para praças e jardins, disponibilizando-os gratuitamente para a realização de projectos de intervenção artística de cariz efémero de modo a diversificar a oferta cultural e o livre acesso; disponibilizar espaços de ateliês para artistas; apoio a projectos de empreendedorismo cultural e criativo; disponibilização de espaços e apoios para residências artísticas; desenvolver à escala local um estatuto do artista e profissionais da Cultura para proteção ou atribuição de benefícios à escala municipal, em consonância com os melhores referentes internacionais; apoio ao financiamento de projetos de interesse cultural e/ou ao plano de atividades das associações do setor; disponibilização gratuita do espaço público para dinamização de atividades de empreendedorismo cultural; apoio logístico à produção de espetáculos e produções de artes performativas através da criação de uma “bolsa” de empréstimo de materiais para a produção ou disponibilização de recursos técnicos e humano; incentivar o patrocínio e/ou investimento privado nas Artes e Cultura, em parceria com a Câmara Municipal do Funchal, instituindo benefícios ou isenção de taxas municipais; apoio de consultadoria às associações culturais, artistas e empresas dos sectores criativos, que desenvolvem atividade na freguesia, para a realização de candidaturas a apoios e financiamentos".

“O investimento na Cultura deve ser entendido e valorizado, à semelhança da Educação, como um investimento incomensurável para o futuro, potenciando o desenvolvimento social e humano, a inclusão e coesão social e os processos de identificação com o território que habitamos. Por isso, as políticas da Cultura não devem estar determinadas pelos interesses ou impactos económicos”, defende Diogo Goes, deixando crítica à liderança da junta.

“Os executivos da freguesia da Sé, não só demitiram-se da apresentação de ideias como esconderam a falta de investimento nos setores culturais desde há várias décadas, esquecendo-se que, o público, artistas e instituições são partes estruturantes na dinâmica do Coração da nossa Cidade”, rematou.