A candidatura da CDU esteve hoje no centro de Santa Cruz, para fazer um balanço das actividades de contacto com a população. Na ocasião, Dírio Ramos disse ter identificado "problemas vários sentidos pelas populações das Zonas Altas e Super Altas do concelho", acusando o actual executivo JPP de abandonar aquelas gentes. O candidato à presidência da autarquia imputou ainda responsabilidades ao PSD.

"Os moradores das zonas altas e super altas de Santa Cruz, continuam com as mesmas reivindicações que há 20 anos (...) em 20 anos, seja com PSD ou JPP no executivo camarário, continua a haver falta de saneamento básico, falta de acessibilidades, falta de limpeza dos caminhos e veredas, falta de corrimões e iluminação pública, falta de investimento em serviços públicos, falta de abrigos de paragem, falta de mais transportes públicos, estradas com falta de manutenção, e até estradas municipais interrompidas com derrocadas, votadas ao abandono", apontou.

Dírio Ramos alertou também para o "perigo iminente" de estradas municipais, "com declives enormes" e que sem "protecções mínimas laterais".

Referiu-se igualmente à "ausência de uma protecção civil adequada" no âmbito da limpeza de terrenos e ribeiros, embora a mesma entidade esteja "a receber a ilegal taxa de protecção civil".

Denunciou ainda que há projectos de alargamento e de construção de estradas que "nunca saíram do papel". Como exemplos apontou: "o alargamento da Rua do Janeiro, o alargamento da Rua da Morena, Caminho das Regadinhas, alargamento da Rua do Pomar, a prometida Estrada nas Achadas de Gaula, que liga a estrada da Terra Velha/Santo da Serra até às habitações da vereda subjacente".

A situação verifica-se em Gaula, terra da fundação do JPP e é também "recorrente" em "diversos sítios do Caniço", nas Eiras e outros locais, observa o candidato.

Dírio Ramos relembra ainda "os cerca 9 milhões de euros perdidos para caminhos agrícolas, financiados pela União Europeia pelo facto da Câmara Municipal de Santa Cruz nem sequer ter dinheiro para pagar somente o IVA".

Acusa ainda o JPP de "esquecer" promessas como a diminuição do IMI e a a revisão dos coeficientes de localização. "Ao fim de oito anos de governação sem qualquer oposição no executivo aumentaram seis vezes o valor do IMI", sustenta o comunista.

Face ao exposto, apela ainda à confiança do eleitorado, dizendo que "é necessário uma forte representação da CDU na vereação na Assembleia Municipal e nas freguesias para termos uma política autárquica diferente".