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Chanceler alemã apela à vacinação contra a covid-19

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A chanceler alemã, Angela Merkel, voltou hoje a apelar à vacinação contra a covid-19, indicando ser necessário convencer mais pessoas da importância da imunização.

"Estamos todos de acordo em que temos de convencer muito mais pessoas para que se vacinem", disse durante um discurso no parlamento, adiantando que tal só se consegue com argumentos, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Merkel sublinhou que as vacinas funcionam, protegem o próprio e os próximos e devolvem a liberdade, acrescentando que quanto mais pessoas se vacinem menor é a ameaça do surgimento de novas variantes contra as quais estas vacinas não sejam eficazes.

A chanceler rejeitou, por outro lado, alegações de que a população está a ser usada como cobaia para novas vacinas, como as baseadas na tecnologia mRNA, desenvolvida pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech em conjunto com a farmacêutica norte-americana Pfizer.

"Naturalmente, ninguém foi nem é uma cobaia quando se vacina; ninguém, nem Olaf Scholz, nem eu, nem ninguém", declarou Merkel, aludindo a declarações do candidato social-democrata à chefia do governo nas eleições do próximo dia 26.

Scholz, atual ministro das Finanças, quis há alguns dias garantir que as vacinas são seguras, referindo aos que já as receberam como "cobaias".

"Cerca de 50 milhões de pessoas já receberam as duas doses, fomos todos cobaias para aqueles que optaram por esperar. Por isso, como um desses 50 milhões, afirmo que tudo correu bem", disse Scholz, cujo partido aparece em primeiro lugar nas sondagens sobre as legislativas.

Merkel salientou que todos os que foram vacinados desde dezembro do ano passado receberam um soro que passou por todas as fases necessárias do estudo clínico e por todos os procedimentos obrigatórios para a sua autorização.

Até segunda-feira tinham sido vacinados com as duas doses 61,4% dos alemães, 65,9% têm pelo menos uma dose.

Nas últimas 24 horas registaram-se na Alemanha 59 mortos e 6.726 casos do novo coronavírus, segundo dados do Instituto Robert Koch atualizados na passada madrugada, indicou a EFE.

A covid-19 provocou pelo menos 4.574.225 mortes em todo o mundo, entre mais de 221 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.