Bloco de Esquerda-Madeira leva caminho das Ginjas ao Parlamento Europeu
O Bloco de Esquerda-Madeira visitou ontem, dia 5 de Setembro, a zona dos Estanquinhos, nas Ginjas, em S. Vicente, numa iniciativa que contou com a presença da coordenadora regional do partido, Dina Letra, e com o eurodeputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão.
“Esta visita teve por objectivo dar a conhecer ao nosso eurodeputado no Parlamento Europeu, José Gusmão, o projecto de intervenção no caminho das Ginjas que está a ser preparado pelo Governo Regional da Madeira; alertar para o grave problema ambiental que está a acontecer nesta área de floresta Laurissilva, classificada Património Natural da Humanidade pela UNESCO, bem como dar a conhecer todo o negócio que se perspectiva vir a acontecer neste importantíssimo local de biodiversidade e de reserva natural”, afirmou Dina Letra..
“Pretendemos, deste modo, termos mais uma voz junto dos organismos internacionais que os alerte para este grave atentado ambiental que o Governo Regional insiste em fazer avançar, sem qualquer respeito pela biodiversidade que tem o dever de preservar e pelos compromissos que assumiu, e, paradoxalmente recorrendo a apoios comunitários para cometer este crime ambiental. A Madeira corre o risco irreparável de perder a classificação dada pela UNESCO, e o Governo Regional deve ser responsabilizado por todas as consequências que possam daí advir”, sublinhou.
O eurodeputado José Gusmão destacou que “a intervenção que está a ser preparada na estrada das Ginjas, na floresta Laurissilva, é mais um exemplo de como o negócio é uma ameaça permanente a alguns dos elementos mais ricos do nosso património natural”.
“O pior é que esta intervenção está a ser promovida pelas entidades públicas, nomeadamente pelo Governo Regional, que deveriam estar precisamente a proteger este património, a valorizá-lo e a dá-lo a conhecer”, acrescentou.
Face ao exposto, o BE-M opõe-se ao projecto de asfaltagem e defende que esta floresta deve ser preservada "de tamanha intervenção humana tão invasiva" e defende, em contrapartida "que a floresta deve ser alvo de uma maior aposta na investigação científica, potenciando o desenvolvimento de projectos de investigação num território que é único em todo o mundo".