Madeira

Governo Regional lamenta a morte do escultor Amândio de Sousa

Foto DR/SRTC
Foto DR/SRTC

"O Governo Regional da Madeira e o seu presidente, Miguel Albuquerque, vêm manifestar o mais profundo pesar pelo falecimento, hoje, no Funchal, do escultor madeirense Amândio Sousa", assinala uma nota da Presidência.

"À família, o Executivo madeirense e o seu presidente endereçam as suas mais sentidas condolências pelo falecimento de um grande homem das Artes, de um homem que marcou, perenemente, a Cultura madeirense, com obras que assinalaram a história e a vivência madeirenses. Nesta hora de dor, associam-se na dor pela partida de um homem íntegro, competente e um excelente profissional, para além de madeirense de corpo e alma, defensor da Região que tanto amava", acrescenta.

Sendo "uma das grandes últimas obras de Amândio Sousa foi a escultura comemorativa dos 600 Anos da Descoberta do Arquipélago da Madeira, inaugurada a 1 de julho de 2020, com o nome de 'Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses' (na foto)", nota a Presidência do GRM., não deixa de salientar "outras obras de destaque", tais como: "'Escultura Comemorativa do 1.º Jogo de Futebol na Madeira', localizada na Camacha, datada de 1969; 'Trilogia dos Poderes', Assembleia Legislativa da Madeira, 1990; 'Escultura Comemorativa dos 500 Anos da Fundação do Concelho de Ponta do Sol', 2001."

Lembra o Governo que "Amândio de Sousa, nascido em 1934, é uma personalidade incontornável e figura de referência máxima no campo das artes plásticas, especialmente na área da escultura contemporânea (em vulto redondo ou relevo; medalhística e troféu; design e mobiliário), tendo explorado diversos materiais (barro, grés, gesso, pedra, fibra de vidro e betão)".

Formado "na Escola de Belas Artes do Porto tendo sido seus professores dois grandes vultos da escultura portuguesa: Barata Feyo (1899-1990) e Lagoa Henriques (1923-2009)", Amândio Sousa "relacionou-se com artistas que marcaram a vanguarda artística portuguesa, a partir da década de 60, do século XX, como os pintores Ângelo de Sousa (1938-2011), Armando Alves (1935-), Jorge Pinheiro (1931-) e o escultor José Rodrigues (1936-2016)", salienta.

Lembra ainda que "na Madeira desempenhou funções ligadas à cultura, como Assessor para os Assuntos Culturais (1976-1978), tendo elaborado o 'Guia Básico da Acção Cultural', em parceria com Carlos Lélis (1931-), então Secretário Regional de Educação e Cultura" e "foi director do Museu Quinta das Cruzes (1977-2001)", realça o seu papel no serviço público.

Foi ainda "autor de artigos publicados em revistas e organizou eventos relevantes para a cultura (colóquios e exposições). Trabalhou em parceria artísticas com os arquitetos Rui Goes Ferreira (1926-1978); Chorão Ramalho (1914-2002); Marcelo Costa (1927-1994)", numa recordação de uma nota precisamente aquando da inauguração da estátua dos 600 Anos.

"É este ilustre Madeirense e este grande homem da Cultura madeirense que o Governo Regional e o seu Presidente pretendem homenagear, também na hora da sua morte, sublinhando a sua gratidão para com os relevantes serviços prestados em nome da nossa Região e da Arte que tanto amava", conclui Miguel Albuquerque.