Brício Araújo quer colocar Santa Cruz "no topo" dos concelhos da Região
Decorreu esta manhã, no centro do Caniço, a cerimónia oficial de apresentação da candidatura 'Cumprir Santa Cruz', liderada pelo candidato Brício Araújo. Na sua intervenção, o social-democrata não poupou críticas ao actual executivo JPP, que acusa de fazer "estagnar" o concelho e, prometeu, caso vença as eleições a colocar Santa Cruz "no topo" dos concelhos da Região.
O actual executivo, que governa há oito anos em Santa Cruz como um executivo que não é amigo do investimento, que não é amigo da economia, que não sabe governar, nem fez nada por este concelho, a não ser promover a subsidiodependência, fazendo o concelho estagnar.
Brício Araújo recorda que "Santa Cruz se encontra, segundo o rating municipal português, entre os dez piores em termos de sustentabilidade, que lidera o desemprego na Região, que reduziu o investimento na cultura e no ambiente" e critica a liderança de Filipe Sousa por não assumir a economia como prioridade.
"Um executivo Municipal que assumiu, recente e publicamente, que a economia não é prioridade, que confunde o social com a economia e que, naquelas que são as grandes responsabilidades para o futuro, demite-se das suas competências, limitando-se à política da vitimização, vendendo falsidades e adiando o investimento e o desenvolvimento. Este executivo diz que o emprego não é tarefa da Câmara, mas é ele próprio que empurra as pessoas para o desemprego e para uma condição frágil que depois assume que irá resolver, promovendo um pseudoassistencialismo junto das população, que eles próprios empurram para esta condição”, acusou.
Além de considerar que os adversários não “têm qualquer plano para o futuro, nem têm nada de novo para dar a Santa Cruz”, Brício Araújo fez questão de sublinhar, na sua intervenção, que o actual executivo “governa com base num modelo errado", onde "tudo é teoria da conspiração, tudo é sabotagem e tudo é uma política da paranoia, do ódio e da frustração”, numa alusão direta ao caso recente dos Reis Magos.
No que toca ao Caniço, Brício Araújo diz que esta freguesia "tem sido desconsiderada, a todos os níveis, por quem atualmente governa a Câmara Municipal". “O Caniço merece ser maior, a única coisa que tem são projectos em 3D sucessivamente adiados”, reforçou.
Afirma ainda que, “até ao dia 26 de setembro, todos são mensageiros e têm a capacidade de levar esta mensagem de confiança e esperança no futuro ao povo de Santa Cruz”. Brício Araújo reiterou ter um "projecto de futuro, uma equipa de excelência e um programa extraordinário, que integra soluções concretas para cada sector de actividade, projectado para o futuro do concelho e de todas as freguesias".
Na ocasião assegurou também que irá cumprir todos os compromissos que já tem vindo a assumir, nomeadamente no que toca à eliminação da derrama e à eliminação da taxa de protecção civil, "ilegal e inclusivamente declarada inconstitucional".
Brício Araújo também criticou o facto do JPP alimentar e promover o litígio em tribunal e ter gasto um milhão de euros em advogados, “porque não sabem, nem têm pessoas competentes na autarquia que assumam esse papel”, comparando o executivo santa-cruzense José Sócrates.
“O que se passa aqui em Santa Cruz é uma fraude política”
O presidente do PSD/M, por seu turno, afirmou que o que se passa em Santa Cruz "é uma fraude política, uma fraude de retórica, de conversa fiada, de menoridade e de choradinho”, deixando um apelo ao povo de Santa Cruz para que "mude o estado das coisas".
É mau continuarmos com esta falta de política, de consistência, de investimento e desenvolvimento”, disse Miguel Albuquerque, acrescentando que "o problema reside no facto do Município de Santa Cruz ser liderado, há oito anos, por gente que não sabe fazer nada".
No seu discurso, o líder social-democrata ironizou a forma de governar do JPP "que se limita a culpar o PSD e todos os outros pelo que não faz nem fez". A título de exemplo, notou que "em oito anos, [a Câmara Municipal] não tratou das Estações de Águas Residuais, não arranjou estradas, não concretizou acessibilidades às zonas altas, não investiu na rede de água nem esgotos, não arranjou escolas, não apostou nas zonas verdes nem na construção de um jardim ou parque, nem muito menos soube promover o investimento, o emprego e as oportunidades para os mais jovens".
"Tudo o que foi feito, foi o Governo Regional a fazer," vincou, afirmando ter esperança que a população dê o seu voto a Brício Araújo.
“São dois os projetos em cima da mesa”, afirma Jardim
Evocando os feitos passados do PSD no concelho de Santa Cruz e na Madeira, o presidente honorário do PSD, Alberto João Jardim, fez questão de afirmar, no seu discurso, que o que está em causa nestas eleições autárquicas é "a escolha entre um projecto de futuro e que garante o desenvolvimento e, outro, que mantém tudo como está e que, inclusive, compromete o amanhã e o futuro das novas gerações".
“Estamos perfeitamente a tempo de acabar com isto, sem promessas e sem dar esmolas, mas criando mais emprego e fazendo a economia a crescer”, frisou Alberto João Jardim, criticando, ainda, a "postura daqueles que apenas querem alimentar a conflitualidade em Tribunais, gastando dinheiro em vez de investir no concelho".