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Eurodeputada Isabel Santos chefia missão UE de observação eleitoral na Venezuela

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Foto Arquivo/Global Imagens

A eurodeputada socialista portuguesa Isabel Santos vai chefiar a missão de observação eleitoral que a União Europeia (UE) decidiu enviar à Venezuela para observar as eleições regionais e locais de 21 de novembro.

Em comunicado, a UE indicou que a equipa principal da missão, composta por 11 especialistas em eleições, chegará a Caracas em outubro, juntando-se-lhe, no final do mês, até 62 observadores de longo prazo, que serão enviados para as várias regiões do país, e cerca de 34 observadores de curto prazo e outros 20 recrutados localmente, que reforçarão a missão durante o dia das eleições.

A missão da UE, que se desloca em resposta a um convite do Conselho Eleitoral Nacional da Venezuela, permanecerá no país até estar concluído o processo eleitoral.

Seguindo a metodologia de observação eleitoral da UE, a missão emitirá uma declaração preliminar e dará uma conferência de imprensa em Caracas após as eleições, e o seu relatório final, que incluirá um conjunto de recomendações para futuros processos eleitorais, será apresentado e partilhado com as partes envolvidas após a conclusão de todo o processo eleitoral.

"Após anos de tensões e polarização, as próximas eleições são um possível passo importante em direção a uma solução pacífica e democrática para a crise na Venezuela", declarou Isabel Santos, citada no comunicado.

"Sinto-me honrada por me ter sido confiada a responsabilidade de liderar esta importante missão de observação eleitoral da UE, a primeira missão do género na Venezuela em muitos anos", prosseguiu a eurodeputada portuguesa, dizendo-se entusiasmada por "trabalhar com as autoridades estatais, partidos políticos, candidatos, organizações da sociedade civil e outras partes envolvidas, com o objetivo de defender os valores democráticos e promover um processo credível, inclusivo e transparente".

Depois das missões de observação eleitoral da UE enviadas à Venezuela em 2005 e 2006, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, decidiu enviar esta missão, nomeando Isabel Santos para a chefiar, por considerar que se trata de "um processo eleitoral sem precedentes, com a participação da maioria das forças políticas pela primeira vez em anos recentes, para eleger mais de 3.000 representantes regionais e municipais na Venezuela".

"A União Europeia não esteve presente na Venezuela com uma missão de observação eleitoral nos últimos 15 anos. Sob a liderança da Observadora-Chefe Isabel Santos, uma respeitada parlamentar e muito experiente observadora eleitoral, a missão de observação eleitoral da UE fará uma avaliação técnica independente de todos os aspetos do processo eleitoral e proporá recomendações para melhorar futuras eleições", declarou Borrell, citado no comunicado.

"Creio que este trabalho pode ser um contributo importante para apoiar uma pacífica solução venezuelana para a crise, que tenha como resultado um caminho para eleições credíveis, inclusivas e transparentes", defendeu.