Madeira

Desempregados criaram cerca de 250 empresas na Madeira desde 2017

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Fot Aspress

Cerca de 250 empresas foram criadas na Madeira por pessoas desempregadas desde 2017, com recurso a apoios governamentais, indicou hoje a secretária da Inclusão Social e Cidadania, Rita Andrade, sublinhando que as ajudas totalizam 4,5 milhões de euros.

"É uma medida que tem contribuído muito para a diminuição da taxa de desemprego e é muito relevante no âmbito da realidade regional", disse, referindo que estas empresas garantem já 400 postos de trabalho.

A governante falava na cerimónia de assinatura de oito novos contratos de concessão de incentivos, no âmbito do Programa de Criação de Empresas e Emprego (CRIEE), no Funchal, no valor de 149 mil euros.

"São apoios para mais oito empresas, em áreas como comércio, turismo, inovação, 'design' e multimédia e criam hoje mais 13 postos de trabalho", explicou Rita Andrade, que tomou posse na quarta-feira, na sequência de uma remodelação no executivo regional, de coligação PSD/CDS-PP, que afastou Augusta Aguiar do cargo que desempenhava desde 2019.

A nova secretária da Inclusão Social e Cidadania, que tutela o Instituto de Emprego da Madeira, sublinhou que a crise pandémica está agora a abrandar e a economia "está a funcionar", com impacto positivo na taxa de desemprego.

"Entre março e agosto, diminuímos o número de desempregados registados em 3.000. Passou de 20.500 para 17.500", disse, reforçando: "Estamos no rumo certo, vamos continuar a trabalhar".

António Reis, um dos desempregados que receberam apoio do CRIEE, avançou com a criação de uma empresa na área do turismo, destinada a efetuar transferes e passeios na costa norte da Madeira, de onde é natural.

"Estava desempregado há um ano. Trabalhava num hotel, em São Vicente [norte da ilha], mas perdi o meu trabalho por causa da covid-19", disse aos jornalistas.

E acrescentou: "Por enquanto, sou só eu. Se correr tudo bem, vou tentar dar emprego a mais uma pessoa".

Alexandra Freitas tem uma história semelhante de desemprego decorrente da crise pandémica, mas num setor distinto.

"O meu projeto é na área do 'design' e da produção gráfica. O recurso será a serigrafia, que é uma técnica de impressão que se perdeu um pouco ao longo do tempo. Esta técnica permite imprimir sobre papel, sobre tecido, sobre 'merchandising'", explicou, indicando que o seu foco é fornecer material a jovens empresários que acabam de entrar no mercado.