Eleições e democracia!
Pelo facto de existirem, eleições, não significa, que exista uma democracia pura e dura.
Intolerável foi, ao que temos assistido ao longo, destes últimos anos de democracia, o eleitor, sistematicamente, não é informado do programa, de governo, das respetivas candidaturas, mas é abordado, de forma pueril, bombardeado, com um role infinito de promessas, algumas, do reino, do absurdo.
Dar boleia ao eleitor, embora louvável; facilita a deslocação, dos mais frágeis, intolerável, é em simultâneo, se estar aparentemente, dando boleia ao voto,
A faixa, do eleitorado, frágil, nomeadamente os idosos, que na nossa sociedade são expostos, a formas de violência social, muitos chegam, à idade da reforma, sem garantias de sustentabilidade, e vivem, de apoios sociais, e ajudas que engrossaram, o role dessas promessas, algumas, das quais, nunca são cumpridas, tal é dificuldade burocrática, imposta no seu acesso.
No entanto, até ao dia das eleições são de múltiplas formas coagidos por candidaturas, que apostam em táticas de manipulação da vontade e condicionam a decisão alicerçada na livre escolha informada.
Assim, a democracia, deixa, muito a desejar, em termos de transparência, e de pureza, os resultados, não lhe conferem nem dignificam o seu nome, o resultado, apenas determina um vencedor, e um derrotado, aquele que maquiavelicamente, jogou nos bastidores e em tráfico de influências, ganha com recurso a uma batota, feita às claras, mas que ninguém liga, ela já se tornou habitual; é um jogo-do-bicho eleitoral.
Em 2023, teremos outras eleições para a ALRAM, a estratégia, de certeza, não irá mudar, teremos os obreiros, da batota, já institucionalizada, embora, reconhecida como ilegal, aquela ilegalidade, que o povo desvaloriza, dizendo que o “mundo é dos espertos”.
Poderíamos lá imaginar, que o slogan em 2013, “mudança”, que saiu vencedor, seria utilizado, por quem na época, perdeu, ganhando hoje, com o recurso ao mesmo apelo, “mudança”; uma mudança, que apelava ao futuro, mas focada, no retorno ao passado, a 2012: a hipocrisia política, levada ao extremo, apelar a uma mudança, por um futuro melhor, mas focada, num estilo de governação, que é uma viagem ao passado, de todo conhecido. Podemos aqui sim, pensar que o povo, o seu consciente coletivo, não tem memória. Sim, é verdade, a mudança proposta, em 2013, falhou redondamente, mostrou e demonstrou, não vir para mudar, mas apenas para se instalar, e teimosamente, manteve, um caminho de continuidade, muito similar ao partido que derrotou, e, talvez, estas sucessivas manifestações diárias, cansou o cidadão, a bipolarização, um catalisador, que infelizmente, não permite ao povo pensar, em muitas escolhas, já que os dados do jogo, estão viciados.
Em 2023, se partidos pensarem em coligações, assistimos agora, a uma estratégia do partido vencedor, em anexar líderes e pequenos partidos, acenando com tachos e mordomias, note-se o RIR é RIP, o CHEGA é mediador, entre outros, facilmente manipuláveis, não os anexando, mas apoiando, ao estilo do Clube Bilderberg, as suas campanhas, uma aposta na dispersão de votos, e consequente manipulação dos dados, em jogo.
Em 2023, que estratégia assumir, perante um cenário desta natureza, ainda por cima apoiada por uma “bazuca”?
J. Edgar M. da Silva