Açores impõem máscara e rastreio de saliva aleatório nas escolas
Os Açores só vão definir, na próxima segunda-feira, as regras de contenção da covid-19 para as escolas, no novo ano letivo, mas o secretário da Saúde adiantou que haverá uso de máscara e um rastreio de saliva aleatório.
"Já está preparado o processo de testagem aleatória dos jovens através de teste de saliva. É uma forma de conseguirmos ter algum tipo de rastreio e de controle, para o eventual surgimento de alguma contaminação. Isto já está definido", revelou o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.
Segundo o governante, na próxima segunda-feira haverá uma reunião conjunta entre os titulares das pastas da Saúde e da Educação, para definir os procedimentos a adotar nas escolas, no próximo ano letivo, como "os critérios de identificação dos casos e as medidas a tomar nessa sequência".
O uso de máscara na sala de aula deverá, no entanto, manter-se.
"Nesta fase ainda o uso de máscara é necessário, sobretudo em espaços interiores e em espaços em que as pessoas estão muito tempo juntas", justificou Clélio Meneses.
No continente português, foi determinada a realização de rastreios, que vão abranger os professores e funcionários de todos os níveis de ensino e os alunos a partir do 3.º ciclo, entre 06 de setembro e 15 de outubro.
A Direção-Geral da Saúde também já emitiu orientações sobre os critérios de isolamento profilático, que serão mais flexíveis nos contactos de baixo risco.
Segundo o secretário regional da Saúde, os Açores atingiram hoje 75% de vacinação completa contra a covid-19 e a ilha das Flores, a única que estava abaixo dos 70%, ultrapassou hoje essa meta.
"Temos cinco ilhas praticamente com 80% ou mais de vacinação completa", frisou.
O governante destacou também a "adesão significativa" dos jovens entre os 12 e os 15 anos, alegando que 7.170 têm já a primeira dose da vacina.
O executivo açoriano não revela o número total de jovens a vacinar nessa faixa etária, nos Açores, mas disse já, em comunicado de imprensa, que em São Miguel e Terceira, as duas mais populosas, existem 6.900 e 2.100 jovens, respetivamente.
Atualmente, apenas a ilha de São Miguel está sujeita a medidas de baixo risco, enquanto as restantes ilhas estão em muito baixo risco, o nível mais baixo, que prevê apenas uma limitação de 10 pessoas por mesa nos restaurantes e cafés, que têm uma lotação máxima de três quartos da capacidade, aplicada também à presença de público em eventos culturais e desportivos.
A partir da próxima semana, quando passarem 14 dias da data em que atingiram os 70% de população totalmente vacinada, Terceira e São Miguel ficarão automaticamente em muito baixo risco, independentemente da incidência de casos.
"Com 85% da população [vacinada], de forma aproximada, teremos condições para libertar todas as poucas restrições que existem nos Açores", sublinhou Clélio Meneses.
Os Açores têm atualmente 157 casos ativos de infeção por SARS-CoV-2, dos quais 127 em São Miguel, 19 na Terceira, quatro no Faial, quatro em São Jorge, dois no Pico e um na Graciosa.
Desde o início da pandemia, foram diagnosticados na região 8.713 casos de infeção, tendo ocorrido 8.333 recuperações e 42 mortes. Saíram do arquipélago sem terem sido dadas como curadas 94 pessoas e 74 apresentaram comprovativo de cura anterior.