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Sindicato considera actualização do subsídio de risco um "insulto aos polícias"

Paulo Santos, presidente da Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP / PSP)
Paulo Santos, presidente da Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP / PSP)

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) considerou hoje que o aumento para 100 euros do subsídio de risco para a PSP e GNR é um "insulto aos polícias", assegurando que não vão desistir da reivindicação.

"Este valor é um insulto aos polícias, em nada traduz aquilo que era o necessário, aquilo que corresponde à complexidade da missão policial", lamentou Paulo Santos, em declarações à agência Lusa.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou hoje que o subsídio de risco para a PSP e GNR será aumentando para 100 euros, sublinhando que o aumento representa uma despesa anual de 50 milhões de euros e "um esforço muito significativo".

No entanto, para os representantes dos polícias, o aumento é insuficiente e reflete a desvalorização das forças policias.

Por isso, o presidente da ASPP/PSP deixou um alerta à tutela: "Não se admire que, mais tarde, não existam candidatos suficientes para fazer parte desta família policial na PSP".

A proposta desta associação sindical, em conjunto com a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) era a do pagamento faseado do subsídio de risco até 2024. Em janeiro de 2022 seria pago 200 euros, em 2023 aumentava para 300 euros, fixando-se em 2024 nos 430 euros.

O valor anunciado agora pelo Governo, e que já tinha sido proposto anteriormente pelo Ministério da Administração Interna, fica aquém das reivindicações sindicais e Paulo Sousa assegura que não vai desistir.

"Iremos continuar a fazer pressão junto dos grupos parlamentares para que, em sede do Orçamento do Estado, possam ajudar nesta luta", adiantou o presidente da ASPP/PSP, acrescentando que serão discutidas formas adicionais de luta, sem precisar.