Madeira

Rita Andrade toma posse sem discursos e sem Augusta Aguiar

Fotos Helder Santos/Aspress
Fotos Helder Santos/Aspress

A cerimónia de tomada de posse da nova secretária regional a Inclusão Social e Cidadania demorou menos de cinco minutos, o tempo suficiente para José Manuel Rodrigues ler a acta da sessão Comissão Permanente da Assembleia Legislativa e Rita Andrade assinar o documento de posse.

Não houve discursos, o presidente do Governo Regional disse que, sobre a saída de Augusta Aguiar – a anterior secretária não esteve presente no Salão Nobre do parlamento –, “não há mais nada a dizer”. Mesmo que até agora não tenha dito nada sobre uma remodelação governamental que causou grande surpresa.

Rita Andrade, que já tinha entrada a meio do mandato anterior, para substituir Rubina Leal que se candidatou à Câmara do Funchal, não foi reconduzida, há dois anos, mas é a solução encontrada para esta segunda metade do mandato do governo.

 “Aceitei, naturalmente, um cargo de tanta responsabilidade e com a confiança que, de novo, o senhor presidente me dá. É uma honra muito grande que aceito de alma e coração. Desta vez com um conhecimento de causa e maturidade política diferentes”, afirmou a nova secretária, depois da sessão de cumprimentos.

“Entro, de novo, a meio do mandato, No último mandato foi assim e chegámos ao fim e tínhamos cumprido todas as metas do governo e é isso que me comprometo a fazer”, sublinha.

Rita Andrade vai reunir com as três direcções regionais e os dois institutos públicos que tutela, para “saber onde é que estamos, como é que vamos, como é que cumprimos as nossas metas”

Mudar de secretário não significará mudar de políticas para a área social.

“O  programa do governo é um conjunto de objectivos e tem planos e depois temos a sua operacionalização. Claro que sabemos que por vezes pode acontecer dar menos prioridade a um aspecto e surgirem novos”. Rita Andrade, secretária regional da Inclusão Social e Cidadania

Novidades que têm como marca maior a Direcção Regional de Políticas Públicas Integradas e Longevidade que começou na Vice-Presidência, passou para as Finanças com a saída de Pedro Calado e agora fica a ser coordenada pela Secretaria da Inclusão Social e Cidadania.

“Não é um projecto meramente social, tem uma grande componente na Saúde e uma estratégia nas Finanças. Vamos ter uma integração entre três secretarias. Não é apenas para gerir a rede de cuidados continuados, é para ir mais além. Há um projecto que já vinha a ser desenhado que tem a ver com o nosso potencial, termos um clima e uma região de excelência para os idosos”, explica.

As políticas de longevidade são uma aposta. “Estamos com um grande projecto nesta matéria que será oportunamente apresentado que é ‘Age Friendly’”, adianta.

Sobre a sua antecessora, Augusta Aguiar, disse pouco.

“Desejo-lhe as maiores felicidades, como desejo a qualquer pessoa”.

A mudança de titular da secretaria, lembram foi uma decisão o presidente do governo.

“Não é a primeira vez que alguém regressa a uma secretaria. Ser a mesma pessoa dá um certo conforto a quem governa”.

A avaliação do trabalho dos últimos dois anos será feita com calma. “Conheço bem o programa deste XIII Governo e tenho de avaliar. Tenho de reunir com os serviços e ver a que distância estamos dos objectivos”.