Açores vão deixar de pagar testes aos laboratórios nacionais
O Governo dos Açores vai deixar de pagar, a partir de outubro, os testes à covid-19 feitos pelos laboratórios nacionais para quem pretenda viajar para a região, anunciou hoje o secretário da Saúde, Clélio Meneses.
"A partir do próximo mês de outubro, vão caducando as convenções que a região tem com laboratórios nacionais, que antes faziam os testes pagos pela região", explicou o governante, em declarações aos jornalistas, na sequência da reunião do Conselho de Governo, realizada na cidade da Horta, nos Açores.
Segundo explicou o titular da pasta da Saúde, os passageiros que entrem no arquipélago podem optar por "trazer testes pagos por si", fazerem teste gratuito à chegada ou apresentarem um certificado de testagem, de recuperação ou de vacinação.
Clélio Meneses disse ainda que os Açores vão passar a aceitar certificados digitais da União Europeia, para os passageiros que chegam ao arquipélago, bem como certificados da Organização Mundial de Saúde ou "qualquer certificado de países terceiros, em regime de reciprocidade, ou seja, que também aceitem os certificados nacionais".
"São alterações que visam também facilitar e adequar aquilo que se passa na região ao que se vai passando no mundo, sendo que na região há um nível de vacinação que garante alguma proteção", ressalvou o governante, explicando que os passageiros que apresentarem esses certificados ficam "dispensados" de fazerem testes à chegada.
O secretário regional da Saúde e do Desporto lembrou ainda que, na região, já mais de 80% da população está "completamente vacinada" contra a covid-19, razão pela qual é possível agora ir levantando, aos poucos, as medidas restritivas que antes existiam.
Nas últimas 24 horas, foram diagnosticados 20 novos casos positivos de Covid-19 nos Açores, sendo 14 em São Miguel, cinco na Terceira e um no Faial, resultantes de 1.393 análises realizadas em laboratórios de referência, segundo informação da Autoridade de Saúde Regional.
A covid-19 provocou pelo menos 4.762.596 mortes em todo o mundo, entre 232,78 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.968 pessoas e foram contabilizados 1.068.530 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.