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Investigada juíza que absolveu sargento acusado de assassinar opositor na Venezuela

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O Ministério Público (MP) da Venezuela anunciou hoje a abertura de uma investigação contra uma juíza venezuelana por ter absolvido um sargento acusado de assassinar o opositor David Vallenilla durante os protestos de junho de 2017.

"O MP anuncia a abertura de um inquérito criminal contra Kénia Carrillo, (...) pela sua ação imprópria no caso do assassinato de David Vallenilla, em que o procurador público acusou o sargento Arli Méndez Terán por violação dos direitos humanos", anunciou o Procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab na sua conta do Twitter.

Na mesma rede social o procurador explica que o MP, "no uso das suas atribuições constitucionais vai recorrer" da decisão do tribunal que absolveu o sargento "responsável pelo homicídio".

"O Procurador com competência em direitos humanos tinha acusado, perante o tribunal competente, o sargento de Aviação antes mencionado pelos crimes de homicídio qualificado perpetrado com malícia acima e por motivos fúteis, assim como uso indevido de arma orgânica", precisou.

Um tribunal venezuelano decidiu, na segunda-feira, absolver o sargento Arli Méndez Terán, acusado de assassinar o jovem David Vallenilla, quando protestava em La Carlota (Caracas) em 2017 contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro, segundo a advogada Maria Alejandra Poleo.

"Todas as provas para condená-lo estão no expediente. Na Venezuela não há justiça, nem esperanças de que possamos ser uma sociedade civilizado com separação de poderes (...) continuaremos em frente, buscando justiça para David", sublinhou a advogada na sua conta do Twitter.

David Vallenilla, 22 anos, estudante de pós-graduação em enfermagem, foi assassinado por um tiro de caçadeira e segundo a imprensa venezuelana o momento do assassinato do jovem opositor ficou gravado em um vídeo.