Mais de 140 mortos em combates no Iémen esta semana
Mais de 140 rebeldes e membros das forças pró-governamentais morreram esta semana no Iémen em combates que se têm intensificado em torno da cidade estratégica de Marib, indicaram ontem fontes militares e médicas.
Marib é o último bastião do Governo no norte do Iémen, e os rebeldes huthis, apoiados pelo Irão, tentam há meses apoderar-se dele.
Pelo menos 51 combatentes leais ao Governo morreram nos últimos quatro dias, a maioria deles em combates na província de Chabwa, no sul do país, e na de Marib, afirmaram várias fontes militares citadas pela agência francesa AFP.
Segundo as mesmas fontes, pelo menos 93 rebeldes huthis morreram também em combates e bombardeamentos aéreos levados a cabo pela coligação liderada pela Arábia Saudita, em apoio às forças governamentais.
Os huthis raramente divulgam balanços de vítimas dos combates, mas o número de mais de 140 mortos foi confirmado por fontes médicas.
De acordo com as fontes militares, que falaram a coberto do anonimato, os huthis tomaram quatro distritos, um na província de Marib e três na de Chabwa.
"Três distritos em Chabwa caíram (...) no espaço de algumas horas", indicou uma das fontes à AFP.
Em fevereiro, os huthis intensificaram os seus esforços para tomar Marib, e os combates fizeram, desde então, centenas de mortos de ambos os lados.
O controlo dessa região rica em petróleo reforçaria a posição negocial dos Huthis em negociações de paz.
Na semana passada, pelo menos 50 rebeldes e soldados pró-governo foram mortos em confrontos na província de Al-Bayda, no centro do país, segundo fontes militares.
A guerra civil no Iémen, país pobre da península arábica, deflagrou em 2014, após uma ofensiva dos huthis, procedentes do norte.
O país tornou-se, desde então, a pior catástrofe humanitária do mundo, de acordo com a ONU, com dezenas de milhares de mortos, segundo ONG no terreno, e uma população à beira da fome.