Madeira

Bispo encerra processo de beatificação e canonização da Madre Virgínia Brites da Paixão

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O bispo do Funchal, D. Nuno Brás, encerrará no próximo dia 2 de Outubro, a fase diocesana do processo de beatificação e canonização da Madre Virgínia Brites da Paixão, na igreja paroquial de Santo António e enviará o processo para a Congregação das Causas dos Santos para estudo, anunciou hoje a Diocese em nota remetida à imprensa.

O encerramento do processo na fase diocesana consta da celebração da missa, às 10 horas, na igreja paroquial de Santo António, presidida pelo bispo.

Após a Missa será, então, realizada a última sessão do processo e o envio dos autos do processo para a Congregação das Causas dos Santos em Roma. O processo continuará na fase Romana até à Beatificação e depois Canonização.

Recorde-se que o Processo da Madre Virgínia teve a sua abertura na Diocese do Funchal no dia 29 Dezembro de 2006, com sessão no Mosteiro da Caldeira, em Câmara de Lobos.

Foram escutadas 15 testemunhas. A Comissão Histórica entregou toda a Documentação na 22 de Setembro último. O Processo consta de 5.470 páginas de autos processuais e documentos sobre a vida, virtudes da Madre Virgínia Brites da Paixão. Três sacerdotes realizaram um estudo apurado sobre os seus escritos e sobre as relevações particulares recebidas.

Quem foi Madre Virgínia Brites da Paixão?

Nasceu em 1860 e viveu até 1929 praticando todas as virtudes. A sua vida passada no Mosteiro das Mercês do qual foi eleita pela sua comunidade, Abadessa e depois em casa no Lombo dos Aguiares foi exemplar. Quando em 1910, após a implantação da República, o Mosteiro foi encerrado ela regressou a casa dos pais e retomando no quotidiano a vida segundo as regras do Mosteiro, viveu com o povo e para o povo, dando a conhecer a sua íntima união com Deus. Tornou-se, graças às revelações particulares recebidas, uma grande missionária do Imaculado Coração de Maria conhecida em toda a Ilha da Madeira, Porto Santo, Açores e continente. Enviou para Roma, para o Santo Padre, as revelações recebidas que tornaram possível o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu e a construção de uma Basília dedicada ao Imaculado Coração de Maria. Viveu a sua consagração religiosa em oração intensa, grande caridade aos irmãos e em generosa oblação ao Pai. Faleceu a 17 de Janeiro de 1929, tendo sido sepultada no cemitério de Santo António.