A esperança de vida à nascença na Região Autónoma da Madeira, bem como nos Açores, melhorou bastante nos últimos anos, com um aumento de longevidade de superior a dois anos. Contudo, as mulheres madeirenses, em média, vivem quase 7 anos a mais do que os homens, sendo a maior diferença entre sexos das sete regiões NUTS II de Portugal.

De acordo com as tábuas de mortalidade divulgadas hoje pelo INE, a "esperança de vida à nascença registou aumentos em todas as regiões entre 2008-2010 e 2018-2020", mas "os maiores aumentos verificaram-se nas Regiões Autónomas", começa por apontar.

"Na região Norte situaram-se os valores mais elevados da esperança de vida à nascença para o conjunto da população (81,46 anos) e para os homens (78,55 anos). A maior longevidade à nascença para as mulheres registou-se na região Centro (84,00 anos). Em contrapartida, as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores foram aquelas onde se observaram valores mais baixos, tanto para o total da população, como para homens e mulheres". No caso da Madeira, a mulheres vivem em média 81 anos e meio, enquanto que os homens não chegam aos 75 anos. A média regional da esperança de vida à nascença é de 78,52 anos.

"Nos últimos dez anos registaram-se melhorias na esperança de vida à nascença em todas as regiões", frisa a autoridade estatística nacional. "Contudo, os maiores aumentos ocorreram nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores com ganhos de longevidade superiores a 2 anos".

Como referido, "as maiores diferenças de longevidade entre homens e mulheres no período 2018-2020 registaram-se nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, onde as mulheres podem esperar viver em média, respetivamente, mais 6,89 e 6,82 anos do que os homens", sendo que "na Área Metropolitana de Lisboa e na região Norte observaram-se as menores diferenças de longevidade entre sexos (5,41 e 5,44 anos, respectivamente)".

No que toca especificamente à esperança de vida aos 65 anos nas regiões NUTS II, a Área Metropolitana de Lisboa tem os valores mais elevados para homens e mulheres, mas os maiores aumentos, nos últimos dez anos, ocorreram no Alentejo para os homens e na Região Autónoma dos Açores para as mulheres.

Quanto à Madeira, o mesmo cenário comparado com a esperança de vida à nascença, pois "as maiores diferenças de longevidade aos 65 anos entre homens e mulheres, em 2018-2020, registaram-se na Região Autónoma da Madeira e no Algarve, onde as mulheres podem esperar viver em média, respetivamente, mais 4,38 anos e mais 3,77 anos do que os homens. No Alentejo verificou-se a menor diferença entre sexos (3,17 anos)", acrescenta o INE.

Curiosamente, analisando a evolução da esperança de vida à nascença entre os homens e as mulheres madeirenses, deu-se uma aproximação, pois a deles melhorou 2,78 anos e a delas apenas 1,84 anos. O que significa que no período de 2008-2010, ou seja há uma década, a esperança e vida das mulheres madeirenses era de 7,83 anos a mais do que a dos homens.