Rússia regista novo recorde diário com 828 mortes no país
A Rússia registou um novo recorde de 828 mortes diárias devido à covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com os dados fornecidos pelo centro de crise do Governo russo.
O recorde anterior de 820 mortes havia sido alcançado duas vezes, em 23 de setembro e 26 de agosto de 2021. A Rússia é o país mais atingido da Europa pelo coronavírus SARS-CoV-2, que acusa a doença covid-19.
No total, 202.273 pessoas morreram como resultado da covid-19 desde o início da pandemia, segundo os dados do Governo russo. A agência de estatísticas russa Rosstat, que tem uma definição mais ampla, registou mais de 350.000 mortos no final de julho de 2021.
Desde junho, a Rússia foi duramente atingida pela variante Delta do novo coronavírus, conhecida por ser mais contagiosa, e não conseguiu impedir a sua progressão. O número de novos casos chegou hoje a 21.379, segundo o Governo russo.
A vacinação, que ocorre num contexto de desconfiança por parte da população, está estagnada há meses. De acordo com uma avaliação do portal Gogov, apenas 28,4% da população russa está totalmente vacinada até ao momento.
O poder público, para preservar a economia, recusa-se a adotar medidas mais restritivas contra a pandemia ou confinamentos. O uso de máscara, embora obrigatório, é muito incerto em locais públicos e as instruções de distanciamento raramente são observadas.
A cidade de Moscovo admitiu esta semana que estava a enfrentar um segundo surto da variante Delta, após uma primeira no verão. Os contágios aumentaram 24% numa semana e as hospitalizações 15%.
A presidência russa descartou, na quinta-feira, mais uma vez, a adoção de quaisquer restrições de peso e, desde o confinamento na primavera de 2020, nenhuma medida rígida foi imposta.
O Presidente, Vladimir Putin, está isolado desde o início da semana passada devido a um foco em que dezenas de pessoas do Kremlin foram infetadas.
A covid-19 provocou pelo menos 4.715.909 mortes em todo o mundo, entre mais de 230 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.