Desporto

FC Porto vence 'colosso' Flensburg com livre de sete metros nos últimos segundos

None

Um livre de sete metros de António Areia nos últimos segundos valeu hoje ao FC Porto a vitória sobre os alemães do Flensburg, por 28-27, em encontro da segunda jornada do Grupo B da Liga dos Campeões de andebol.

No Dragão Arena, no Porto, os 'azuis e brancos', situados no 17.º lugar do 'ranking' europeu, já venciam pela margem mínima os campeões europeus de 2013/14, sextos colocados da hierarquia, ao intervalo (13-12), obtendo os primeiros pontos na prova, uma semana após a derrota na estreia, frente aos ucranianos do Motor Zaporozhye (27-30).

No plano individual, Daymaro Salina sobressaiu pelos campeões nacionais, com seis golos, secundado pelos quatro de Pedro Cruz, além das 10 defesas do guarda-redes dinamarquês Sebastian Leth Frandsen e das seis do macedónio Nikola Mitrevski.

Já o sueco Hampus Wanne, com oito tentos, e o 'guardião' bósnio Benjamin Buric, com 13 defesas, brilharam pelos germânicos, privados de quatro lesionados, entre os quais figuras como Franz Semper e os noruegueses Goran Johannessen e Magnus Rod.

O FC Porto subiu ao quinto lugar, o penúltimo de acesso à próxima fase, partilhando dois pontos com mais cinco equipas, todas a dois do líder FC Barcelona, atual detentor do título, ao passo que o Flensburg segue isolado na oitava e última posição, ainda a zero.

Assentes numa defesa agressiva em toda a largura do campo, os 'dragões' abriram o encontro com três golos seguidos e deixaram os visitantes em 'branco' durante seis minutos e meio, fixando a diferença máxima no marcador ao longo do primeiro tempo.

A réplica dos pupilos de Maik Machulla demorou a surgir, mas foi impulsionada a partir de zonas recuadas, onde Benjamin Buric igualava a exibição inspirada de Sebastian Frandsen na outra baliza, amparando três igualdades momentâneas (4-4, 6-6 e 7-7).

O conjunto do sueco Magnus Andersson nunca esmoreceu no controlo das operações e foi exibindo diversidade nas movimentações atacantes para resgatar três golos de vantagem (10-7 e 11-8), diluídos de forma tangencial a segundos do intervalo (13-12).

A toada renhida prolongou-se na etapa complementar, em que os dois guarda-redes continuaram a dar espetáculo, mas o Flensburg virou as contas e passou pela primeira vez para a frente do jogo aos 40 minutos (17-18), mesmo com opções limitadas no banco.

O FC Porto acusava o desacerto crescente na finalização e a apatia defensiva face ao maior traquejo europeu do adversário, ficando em cinco ocasiões com três tentos de desvantagem (17-20, 18-21, 22-25, 23-26 e 24-27), cenário que seria incrivelmente revertido.

Já com Nikola Mitrevski entre os postes, os alemães perderam fulgor nos remates de primeira linha e jamais marcaram nos derradeiros quatro minutos e meio, devolvendo emoção à quadra e alento aos anfitriões, cada vez mais galvanizados pelo seu público.

A três segundos do fim, com 27-27 no marcador, Pedro Cruz sofreu falta para livre de sete metros e António Areia assumiu a responsabilidade do último remate da partida, ditando um dos triunfos mais épicos da história dos 'dragões' nas provas europeias.