'Guerra' da dívida da Câmara do Funchal à ARM aquece debate
A dívida da Câmara do Funchal (CMF) à empresa pública Águas e Resíduos da Madeira (ARM) aqueceu o debate entre os candidatos à Câmara do Funchal que não se entendem quanto à responsabilidade e aos valores efectivamente em dívida.
Miguel Silva Gouveia considera que é mentira que a CMF não paga à ARM, explicando que a autarquia “tem pago tudo o que está facturado de acordo com os tarifários de 2014”.
“O que estamos a tentar evitar é que que seja imposto um aumento de 22% de aumento os funchalenses”, lembrando que foi o vice-presidente, actual candidato da coligação ‘Funchal Sempre à Frente’ quem quis impor tal subida aos funchalenses.
Pedro Calado contrapõe, lembrando eu em 2013, quando a câmara era gerida pelo PSD, estavam inscritos 700 mil euros de dívida à ARM na rubrica de provisões para riscos e encargos. Actualmente, apontou o candidato, são 22 milhões de euros e 40 processos em tribunal para execução.
Miguel Silva Gouveia ripostou, acusando o candidato de não ter inscrito a dívida de 100 milhões, herança que caiu nos braços do executivo apoiado pela ‘Confiança’.
Pedro Calado apresenta valores diferentes e nega que a ARM tenha aumentado a tarifa em 22%, lembrando que a taxa fixa foi abolida, sendo neste momento cobrada apena suma tarifa variável.
Garante que entre o tarifário cobrado em 2013 e agora pela ARM, houve sim, uma redução efectiva de 5%. Posto isto, atirou: “Não pode respeitar decisões judiciais e pagar só se quiser”.