Só se o CDS quiser - Ponta de sol
As coligações partidárias são por definição conflituosas e basta que um dos lados se sinta mais frustrado para que o casamento seja logo ameaçado. É o que se passa na Ponta do Sol, onde o PSD e CDS, juntos, há muito poderiam estar a “cantar de galo”, com uma inabalável segurança na vitória, bastando para o efeito ter em consideração os resultados das últimas autárquicas, nas quais o PSD obteve 1955 votos e o CDS 718, contra os 2037 obtidos pelo PS. Juntos, PSD e CDS somam mais 700 votos do que os socialistas, portanto, numa lógica normal, sem patifarias e malandrices, com base nos indicadores de há quatro anos, a coligação estaria à frente nas intenções de voto. Mas não é isso que nenhum de nós pontassolenses sente. O empate técnico é evidente e por culpa do jogo sujo que alguns militantes do CDS insistem em fazer. Não será preciso apontar nomes, não há ninguém na Ponta do Sol que não saiba quem são os centristas que andam a tentar “emperrar” a coligação, por não terem sido, provavelmente, a primeira escolha. Mas, pior, é o comportamento dos líderes do partido, da equipa de Rui Barreto, que não consegue controlar quem anda revoltado, com ou sem razão. Desta forma, não tenho dúvidas, se o CDS quiser, no domingo, a coligação PSD/CDS à Câmara Municipal da Ponta do Sol vai ganhar, para o bem de todos os que aqui vivem. Para o efeito, será preciso controlar quem deseja o estrelato a todo o custo, se arma em vítima e está a fazer um género de jogo duplo.
Nuno Silva