Bélgica apoia Governo angolano em acções de desminagem na província do Cuanza Sul
O Governo angolano e a organização não-governamental belga Apopo assinaram hoje, em Luanda, um memorando de entendimento para detetar, remover e destruir minas na província do Cuanza Sul, que conta com apoio financeiro da Bélgica.
No ato, que contou com a presença da ministra da Ação Social, Família e Promoção da Mulher de Angola, Faustina Sousa, o embaixador da Bélgica em Angola, Josef Smets, referiu, sem divulgar o valor concreto para esta operação, que está disponível para este ano uma linha de financiamento de 436 mil euros destinada à consolidação da paz.
"Com este tipo de financiamento, a Bélgica deseja ajudar a construir situações de paz duradoura. Trata-se de abordar as causas de instabilidade, ajudando na prevenção, mediação, resolução de litígios, resolvendo as consequências dos conflitos e até apoiando os esforços destinados a prevenir potenciais reincidências em crises", disse o diplomata belga.
Por sua vez, a governante angolana salientou que os engenhos explosivos ainda criam constrangimentos em algumas localidades do país.
Segundo a ministra, Angola ainda enfrenta a problemática de minas e outros engenhos explosivos não detonados em quase todo o território nacional, por isso este acordo financiado pela Bélgica vai contribuir para acelerar as ações de desminagem, com capacidades combinadas na província do Cuanza Sul.
A parceria contempla também ações de educação e prevenção de acidentes com minas e outros engenhos explosivos não detonados, com vista ao relançamento da agricultura, pecuária, indústria e turismo, além da circulação de pessoas e bens.
O programa será levado a cabo pelo Instituto Nacional de Desminagem, que vai fazer uso da sua capacidade de desminagem mecânica, modelo Hitachi, de origem japonesa, enquanto a Apopo vai fazer uso da sua capacidade manual e animal, com ratos, nas operações de desminagem.