"Miguel amigo, Funchal está contigo", foi desta forma que Miguel Silva Gouveia foi 'recebido' mal proferiu as primeiras palavras do palco montado na praceta do conjunto habitacional da Quinta Falcão, em Santo António.

Depois de chamar a equipa que o acompanha e os cabeças de lista às Assembleias de Freguesia e ainda os 'lideres' dos partidos da coligação para o palco, o candidato a 'manter-se' na presidência da Câmara Municipal do Funchal, agradeceu a presença de António Costa, "o secretário-geral do PS e também primeiro-ministro de Portugal".

"Temos procurado sempre ser transparentes naquilo que fazemos", assegurou, antes de direccionar o discurso para a autonomia.

"Muitas vezes a autonomia tem servido para tudo menos para o seu propósito", denunciou, para condenar que a autonomia na Madeira seja usada "como arma de arremesso e de perseguição". Criticou o Governo Regional de não cumprir a Lei das Finanças Regionais, por insistir em não transferir o IVA para as Autarquia

Acusou ainda o Governo Regional de fazer da bazuca um banquete onde os convidados são seleccionados a dedo.

Avisou também que depois de ganhar a Câmara Municipal do Funchal vai exigir ao Governo Regional muitas das promessas que estão a ser feitas nesta campanha.

Apesar do "abandono do Governo Regional nos últimos 8 anos, que não transferiu 1 cêntimo para a Câmara do Funchal em contratos-programas", Miguel Silva Gouveia destacou ainda assim a muita obra feita.

Reforçou que agora e ao contrário da governação PSD "o Funchal não tem limites ao seu crescimento", para concluir que esse limite são os funchalenses que decidem e não quem quer voltar a governar a maior autarquia da Madeira.

"Parece que os nossos opositores apresentam propostas em saldos", disse, para assumir que não promete só facilidades. De resto, criticou quem julga quebas zonas altas é o 16.ª andar de um hotel ou "quem julga que a pobreza se resolve com frangos congelados", numa clara alusão a ofertas que têm surgido nesta campanha.