Eleições Autárquicas Madeira

Meio milhão para a Semana do Mar revela "profundo desconhecimento" de "reais necessidades"

Crítica é do candidato pelo PSD/CDS à presidência da Câmara Municipal do Porto Moniz, Raimundo Silva

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Meio milhão de euros para a Semana do Mar “revela profundo desconhecimento das reais necessidades que afectam o Porto Moniz”, afirma Raimundo Silva.

Apesar de "ser a favor da Semana do Mar" o candidato do PSD/CDS à presidência daquela Câmara Municipal estranha o anúncio feito do evento “com um ano de antecedência” e critica a oportunidade “apenas entendida à luz do calendário eleitoral que se vive”.

Lamenta, por isso, que o actual presidente reserve meio milhão de euros para este evento, "quando existem graves necessidades sociais e tantas outras necessidades por colmatar às quais não soube responder e que, mais uma vez, relega para segundo plano”.

Raimundo Silva que, garantindo manter os eventos e, inclusive, "apostar noutras realizações que afirmem o Porto Moniz e atraiam mais pessoas ao concelho", entende, todavia, que "a gestão do Orçamento Municipal tem de ser reajustada às necessidades existentes".

“A população precisa, neste momento e nos próximos quatro anos, de mais atenção e mais apoio social, mas não só: é também preciso investir no próprio concelho e em cada uma das freguesias, garantindo uma melhor mobilidade interna, mais estacionamentos, mais jardins públicos e uma verdadeira requalificação dos espaços públicos, de modo a tornar o concelho melhor para quem nele vive, mais atrativo aos olhos dos visitantes e dos potenciais investidores e, ainda, mais preparado para o futuro”, sustenta o candidato pela coligação 'Mais para o Porto Moniz', que diz ainda que o anúncio de Emanuel Câmara é “ofensivo para a população" e "totalmente desprovido do bom senso".

Raimundo Silva que, por fim, compromete-se a fazer uma gestão “rigorosa e ajustada à realidade” do Orçamento Municipal, vincando que “existem realizações, assumidas pela Câmara, que são possíveis de realizar por metade do valor que o executivo diz gastar”.