Votar! Uma arma
Votar será a palavra de ordem, um desígnio nacional essa é sem dúvida alguma a arma da democracia. Será que é nossa satisfação permitir-nos continuar a viver num país onde cada vez mais as liberdade são condicionada? Nunca nenhum regime neste país teve a coragem de implementar tanta lei de proibição. Será que é este o modelo de democracia que o povo português ansiou com o 25 de Abril, onde políticos sem escrúpulos sequestraram a democracia, legalizaram o roubo e institucionalizaram a corrupção? Será que é este o modelo de justiça que queremos, onde os criminosos são (perdoados) e os justos por vezes perseguidos? Será que foi este o modelo de educação que queríamos para os nossos filhos e que agora vemos o fruto dessa inoperância e incongruência, onde se perderam os valores básicos duma sociedade? Será economicamente sustentável um país onde a produtividade é cada vez menor e a subsidiodependencia e o desincentivo ao trabalho é cada vez maior? Será que é humano permitir que cada vez mais deambulem seres humanos pela cidade, pondo em risco a suas vidas e a segurança dos outros? Será que é este o país o tal cantinho do céu, onde cada vez menos os agentes da autoridade têm menos autoridade retirada pela inoperância do modelo de justiça? Será que é digno que refugiados alguns com cadastro recebam apoios de tal monta, e que um português que trabalhou toda uma vida seja compensado com uma pensão miserável? Será que a saúde dos portugueses consagrada na constituição da República foi convertida cada vez mais num dos pesadelos do nosso povo? Baseado nos quatro pilares duma sociedade equilibrada, saúde, educação, segurança e justiça, podemos confiar neste modelo de democracia? Afinal para quem acham que estamos no caminho certo, os que de certa forma são beneficiários diretos ou indiretos do regime, estejamos claros; esses continuarão a votar para manter este modelo de gestão que os tem beneficiado ao longo de décadas, mas os inconformados, indignados e revoltados acham que já não vale a pena acreditara e desistiram terminantemente em participar e compreender que é possível mudar o paradigma político em Portugal. Mas a liberdade consagrada na carta magna da República permite que a democracia proporcione a oportunidade dos cidadão se manifestarem através da única arma que o livre pensamento concede; !O VOTO! POR ISSO PENSE ENQUANTO NÃO FOR PROIBIDO! Porque abstenção, votos brancos e nulos não são levados em conta na hora de escolher os eleitos e futuros governantes, deixo aqui um apelo aos cidadãos insatisfeitos e desiludidos abstencionistas que: a única maneira de demonstrarem o seu descontentamento será: VOTAREM massivamente contra aqueles que andam há 47 anos com o cardápio das promessas e a promoverem a ignorância que os sustentam com a miséria do próprio povo. Em 47 anos de democracia ainda não se conseguiu encontrar o caminho para dar aos portugueses aquilo que por direito lhes pertence; a igualdade de oportunidades. Não quero utilizar qualquer termo vinculativo, apenas emitir uma opinião livre de quaisquer conotação político partidária. Será que é preciso um curso académico para percebermos os verdadeiros problemas do nosso país e as realidades da maioria das populações que as sentem na pele, apenas estará centrada no comportamento dos eleitores, ou escusado será dizer que poderemos assistir às primeiras e verdadeira eleições livres em Portugal, com a massiva participação de cidadãos determinados, conscientes e arrojados em mudar o rumo à democracia encontrando uma alternativa? Há dois mil anos foi assim, crucificaram quem diz a verdade e libertaram o ladrão. Porque conformamo-nos com pouco mas queixamo-nos de quase tudo e para que a história não se repita, VOTAR será um ato de coragem.
A.J. Ferreira