António Costa
Senhor Primeiro-Ministro,
Seja bem-vindo.
Está mais uma vez na Madeira para fazer promessas ou assumir compromissos.
Em Machico ou na Ponta do Sol foi assim.
Prometeu e nada fez.
O aeroporto continua sem os radares que limitam a operacionalidade;
O ferry foi assegurado por si e não navega;
A terceira companhia aérea Lisboa/Funchal não voa;
A TAP continua a praticar preços escandalosos. Nesta segunda feira , se os seus amigos de Lisboa quisessem vir à Madeira teriam de pagar 440 euros. Os Madeirenses e os Portosantenses estão fartos de patrocinar a TAP e não têm retorno. Mais valia subsidiar a Ryanair.
Senhor Primeiro-Ministro, nas Ilhas, o avião e o barco são tão importantes como o comboio ou o metro em Lisboa ou no Porto. A mobilidade é um serviço público.
Mas há mais promessas por cumprir.
Os juros que a Madeira paga ao Estado continuam mais altos do que os que a República se financia no estrangeiro. Ou seja, o seu Governo faz negócio com a Madeira. Agora que o rating da República baixou, os juros da Madeira vão continuar na mesma?
A Madeira é discriminada em relação aos Açores na Lei de Finanças e o seu governo não trata as Regiões Autónomas da mesma forma.
A Madeira continua a pagar a assistência de saúde aos Policiais e à GNR. A República não paga este serviço e deve milhões à Região.
As esquadras da Polícia continuam por resolver.
Sabe, a Madeira e os Açores é que dão dimensão a Portugal. Sem estes paraísos Portugal seria um rectângulo.
Não leve a mal. É natural que os Portugueses da Madeira sintam revolta e descriminação. Estes dossiers já vêm do governo anterior. Mas não faça como o Passos Coelho. Não se vingue na Madeira.
JL