Extensão de certificado de saúde no trabalho em Itália faz crescer vacinação
O agendamento para a vacina contra a covid-19 aumentou esta semana em Itália, depois do Governo estender a todos os funcionários a obrigação de apresentar o certificado de saúde.
Segundo a agência France-Presse, as autoridades exigem um teste negativo, o comprovativo de vacinação ou de cura.
"Ao nível nacional, registou-se um aumento generalizado no agendamento para a primeira dose da vacina contra a covid-19, subindo de 20% para 40% em relação à semana passada", disse o general Francesco Figliuolo, comissário extraordinário responsável pela campanha de vacinação, num comunicado de imprensa, no sábado à noite.
No sábado, as marcações para a primeira dose aumentaram 35% em relação ao sábado anterior, acrescentou, sem especificar o número exato de agendamentos.
Quase 41 milhões de pessoas em Itália já receberam as duas doses da vacina, de acordo com dados do Governo, e quase 76% da população com mais de 12 anos está imunizada.
No entanto, as autoridades estão preocupadas com os últimos resistentes, tendo em conta a aproximação da temporada de gripe, pelo que decidiram estender esta semana o "Passe Verde", nome do certificado de saúde em Itália, a todos os locais de trabalho, públicos e privados.
Lançado em agosto para museus, eventos desportivos e refeições em restaurantes, o passe verde inclui um certificado de vacinação, prova de recuperação após contrair covid-19 ou um teste negativo.
Esta semana, o primeiro-ministro, Mario Draghi, anunciou a extensão do documento, a partir de 15 de outubro, a todos os locais de trabalho, com uma suspensão, sem remuneração, para os funcionários que recusem cumprir.
Os dispensados, por motivos de saúde, terão direito a exames gratuitos.
Itália, o primeiro país europeu a ser afetado pela pandemia, pagou um preço alto com mais de 130.000 mortos.
A economia mergulhou numa profunda recessão no ano passado, devido aos confinamentos, mas graças à melhoria da situação desde a primavera, deverá verificar-se um crescimento este ano, apoiado por uma injeção maciça de fundos europeus.
A covid-19 provocou pelo menos 4.667.150 mortes em todo o mundo, entre mais de 226,96 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.