MPT elege Valter Rodrigues dirigente regional da Madeira
Presidente nacional reconhece que houve quem se tenha aproveitado do partido para projecção pessoal
O MPT está a realizar, hoje, um congresso regional. O encontro, num momento pouco usual para a realização de congressos – campanha eleitoral – vai eleger Valter Rodrigues como dirigente regional do partido. Trata-se de um encontro modesto - ao contar com 16 pessoas, devido à covid-19, justifica Valter Rodrigues -, que decorre no Hotel Orquídea, no Funchal.
O momento escolhido visa, por um lado aproveitar a mobilização, que a campanha autárquica proporciona e, por outro lado, fazer uma avaliação de como está a decorrer essa mesma campanha, nomeadamente onde o partido se apresenta aos eleitores: Funchal, no âmbito da Coligação Confiança; Câmara de Lobos e Santa Cruz.
Quanto aos objectivos autárquicos, o partido pretende conseguir alguns eleitos. Já os propósitos que o vão orientar para as eleições regionais serão definidos num outro encontro.
Nesta campanha, o MPT também aposta na pedagogia, explicando às populações as diferenças de competências entre as diversas autarquias e o poder regional. Um trabalho para continuar no pós-eleições.
As causas do MPT centram-se na defesa da economia azul e economia verde. "As nossas florestas precisam de ter mais qualidade. A população regional tem de usufruir mais das nossas floretas, da nossa terra", afirma Valter Rodrigues, a título de exemplo.
Quem marca presença no Congresso regional do MPT é o presidente nacional do partido. Ao DIÁRIO, Pedro Pimenta reconhece que as estruturas regional e nacional “já tiveram outra projecção”. “Trabalhamos constantemente para voltarmos a ter os sucessos, que tivemos anteriormente. Acreditamos que a população portuguesa está cada vez mais atenta às questões ambientais, às questões humanistas, que são esses os nossos fundamentos, as nossas causas.”
Pedro Pimenta diz que o MPT recebe “constantemente” pedidos de filiação e de informação sobre as suas bases programáticas.
Razões que levam o presidente do partido a formar uma convicção: “Acredito piamente que o MPT daqui a muito pouco tempo consiga, não digo voltar a ter a projecção que teve, quando foi criado pelo saudoso arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles, mas talvez muito próximo disso.”
“A Madeira será possivelmente das zonas do País onde as pessoas mais se preocupam com as questões ambientais, mais querem a defesa da sua ilha (…). O MPT é o único partido verdadeiramente ecologista e humanista em Portugal.”
Questionado sobre algum eventual aproveitamento do partido, nomeadamente na Madeira, num passado não muito distante, Pedro Pimenta reconhece: “Há pessoas, que passaram pelo MPT, muitas das pessoas utilizaram-se do MPT para se alavancarem, para ganharem alguma projecção, para depois tentarem novos voos. Cada um defende o que quer e pensa o que quer”.
“O que nós pedimos são pessoa de convicções, que defendam as nossas causas. Pessoas sérias e íntegras e que estejam no MPT de corpo, alma e coração. Que não seja apenas e unicamente uma forma de se alavancarem e de projecção política própria, como o Valter Rodrigues.”