SESARAM quer ter 52 novos médicos em formação de especialidade no próximo ano
Decorrem a XII Jornadas do Médico Interno do SESARAM
Está confirmado o início do terceiro ano do Curso de Medicina na Universidade da Madeira. Foi adiado do ano passado para este, devido à covid-19
O SESARAM pretende ter 52 novos médicos internos (estagiários/formação) de especialidade no próximo ano - 2022. A estes juntam-se cerca de 40 em formação geral. O número foi revelado, nesta manhã, no âmbito das XII Jornadas do Médicos Interno, que decorrem na Reitoria da UMa, no Colégio dos Jesuítas, pelo secretário regional da Saúde.
Pedro Ramos lembrou que o número de admissões anuais tem rondado as quatro dezenas, mas que já existem condições para ir um pouco além e, por isso, foi feito o pedido, no âmbito das reuniões realizadas com a Comissão Regional do Internato Médico. Neste momento, em todos os níveis de formação, o SESARAM conta com cerca de 200 internos (médicos em estágio/formação).
São estes profissionais o alvo principal das Jornadas, que tiveram início em 2011 e que se mantêm desde então. Neste ano, tal como em 2020, com um regime misto de presencial e à distância, devido à pandemia por covid-19.
O governante quis vincar a aposta do SESARAM na formação e referiu a presença de todos os directores de serviço como uma demonstração do reconhecimento dessa importância.
Em média anual, revelou Pedro Ramos, as jornadas do internato médico contam com 300 participantes, alguns, noutras edições, de Cabo Verde, Açores e até de Angola.
Apesar do crescimento e do sucesso, a formação de médicos deve sempre incluir o conhecimento de outras realidades. “É sempre fundamental, porque não podemos estar fechados na nossa própria casa. Mas, neste momento, devido ao trabalho que os serviços estão fazer, temos colegas do SNS que vêm à Madeira para participar e avaliar, por exemplo, a nível de Gastro e de Cirurgia. São coisas que estamos a fazer cá e eles querem implementar no seu hospital”, afirma Pedro Ramos.
O Governante garante que o investimento em saúde é prioritário e é para continuar. Deu vários exemplos, com destaque para a construção do novo Hospital Central da Madeira ou as recuperações de centros de saúde, como a iniciada no do Arco da Calheta.
Para a mesma área, saúde, irá algum do dinheiro do REACT-EU (dinheiros europeus para recuperar dos constrangimentos da covid-19), nomeadamente para isolamento térmico em várias infra-estruturas. São cerca de quatro milhões de euros em obras a realizar em parceria com a Secretaria dos Equipamentos e infra-estruturas.
Por fim, mas igualmente importante, Pedro Ramos falou do objectivo de dentro de alguns anos, a Madeira contar com toda a licenciatura de Medicina. Para já, avança o há muito prometido e desejado terceiro ano do primeiro ciclo do curso na UMa.
As Jornadas começaram ontem, mas o acto oficial de abertura foi reagendado para hoje, porque Pedro Ramos, ontem, esteve no Porto santo, na apresentação da nova Unidade Local de saúde.