Eleições Autárquicas Madeira

Candidato do Livre no Funchal quer Mercado dos Lavradores de "volta às origens"

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Foto Facebook

O candidato do Livre à presidência da Câmara Municipal do Funchal, Tiago Camacho, sublinhou hoje a importância de se apostar na agricultura biológica e no regresso do emblemático Mercado dos Lavradores "às origens".

"O mercado tem de voltar às suas origens, tem de ser realmente para os agricultores, não só do Funchal, mas de toda a Madeira, por isso é que foi batizado de Mercado dos Lavradores", disse o candidato à agência Lusa na iniciativa que aconteceu junto daquele edifício, construído na década de 30 do século XX no centro da cidade do Funchal.

Segundo Tiago Camacho, o local foi escolhido com o objetivo de "mostrar que o mercado é o 'ex-líbris' da cidade e, por isso, tem de ser preservado".

O cabeça de lista do Livre relembrou as queixas relacionadas com venda fraudulenta de fruta, com adulteração do seu conteúdo de açúcar e preços inflacionados.

"As situações que têm ocorrido no mercado são situações que têm de ser revistas. Coisas que já é do conhecimento de toda a gente, que acabam dando uma má fama a nível do turismo à nossa região", frisou, relembrando que os produtos que foram alvo de queixas "nem são de cá".

Para o candidato à câmara, é importante voltar a apostar no produto local e salvaguardar os interesses dos turistas não permitindo o "aumento de preços", como também a fiscalização das rendas, porque "não há necessidade de pagar valores expressivos para estar presente no mercado".

A "desburocratização do sistema" é uma das "bandeiras" da candidatura de Tiago Camacho, que afirmou ser "necessário mais facilitismo no que diz respeito ao acesso de apoios por parte dos agricultores".

E reforçou que: "O valor que os agricultores recebem pelo produto não é justo e suficiente para a sobrevivência de muitos e é necessária essa valorização dos agricultores, apostando mais no produto biológico".

Na Região Autónoma da Madeira, o Livre concorre apenas à Câmara e à Assembleia Municipal do Funchal nas eleições de 26 de setembro.

O cabeça de lista, que trabalha como empregado de mesa, defendeu ainda que chegou o momento de "começar a olhar para a restauração e hotelaria", sublinhando "os baixos salários e a precariedade no trabalho", presente tanto neste como "nos mais diversos setores".

Nas eleições autárquicas de 26 de setembro concorrem à presidência da Câmara do Funchal, o principal e mais populoso concelho da Madeira, nove candidaturas - três de coligações e seis de partidos.

São candidatos o atual presidente, Miguel Silva Gouveia, pela coligação Confiança (PS/BE/PAN/MPT/PDR), Pedro Calado (PSD/CDS-PP), Edgar Silva (CDU, coligação que integra o PCP e o PEV), Bruno Berenguer (JPP), Raquel Coelho (PTP), Duarte Gouveia (Iniciativa Liberal), Tiago Camacho (Livre), Miguel Castro (Chega) e Américo Silva Dias (PPM).

O atual executivo camarário é composto por seis elementos da coligação Confiança (PS, BE, MPT, PDR e Nós, Cidadãos!), quatro do PSD e um do CDS-PP.