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Portugal sem concelhos em risco extremo pela primeira vez em dois meses

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Portugal deixou hoje de ter concelhos em risco extremo de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, o que não ocorria desde o início de julho, segundo o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.

O risco extremo de infeção verifica-se quando um concelho tem uma incidência cumulativa a 14 dias acima dos 960 casos de infeção por 100 mil habitantes.

Desde o dia 02 de julho que Portugal não tinha concelhos fora deste nível de risco.

Na última análise, a 10 de setembro, Portugal tinha três concelhos em risco extremo de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2.

Em risco muito elevado, ou seja, com uma incidência de entre 480 e 959,9 casos por 100 mil habitantes, estão os concelhos de Albufeira (708), Portimão (491), São Brás de Alportel (569), Barrancos (739), Boticas (487), Montalegre (642). Celorico da Beira (822) e Penela (575).

Entre ao 240 e os 479,9 casos por 100 mil habitantes a 14 dias o boletim relata a existência de 37 concelhos nessas condições.

Segundo o boletim, entre os 120 e os 239,9 casos por 100 mil habitantes a 14 dias estão 113 concelhos.

Com zero casos de infeção no período entre 02 e 15 e setembro estão 20 dos 308 concelhos: Alcoutim, Armamar, Góis, Lajes das Flores, Lajes do Pico, Porto Santo, Povoação, Santa Cruz das Flores, Santa Cruz da Graciosa, S. João da Pesqueira, Calheta (Açores), Miranda do Douro, Mora, Moura, Murça, Nordeste, Vila Velha de Ródão, Vila do Porto, Velas, Freixo de Espada a Cinta e Corvo.

Na nota explicativa dos dados por concelhos é referido que a incidência cumulativa "corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada".

Portugal registou nas últimas 24 horas mais 1.023 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, sete mortes atribuídas à covid-19 e nova redução nos internamentos, ficando o número de doentes em cuidados intensivos abaixo dos 100.

Desde o dia 19 de junho que Portugal não tinha menos de 100 pessoas internadas com covid-19 em Unidades de Cuidados Intensivos, quando o boletim dava conta do internamento em UCI de 99 doentes.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) estão hoje internadas 474 pessoas com covid-19, menos 23 do que na quinta-feira, 97 das quais em unidades de cuidados intensivos, menos seis nas últimas 24 horas.

O total de internamentos hoje é o mais baixo desde 26 de junho, quando estavam internadas 447 pessoas.

As mortes ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (3), na região Norte (2), na região Centro (1) e no Algarve (1).

Relativamente às idades das vítimas, três tinham mais de 80 anos, uma entre os 70 e os 79, uma entre os 60 e os 69, uma entre os 50 e os 59 e uma entre os 40 e os 49.

A taxa de incidência nacional de infeções com SARS-CoV-2 nos últimos 14 dias registou uma descida significativa de 191,1 para 173,6 casos por 100 mil habitantes, e o índice de transmissibilidade de 0,84 para 0,83.

Já relativamente a Portugal continental, o boletim epidemiológico conjunto da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge divulgado hoje revela que a taxa de incidência (média de novos casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias) baixou de 196,1 para 177,9.

O Rt - que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de uma pessoa portadora do vírus - está hoje em 0,83 a nível nacional e em 0,82 em Portugal continental.

A covid-19 provocou pelo menos 4.667.150 mortes em todo o mundo, entre mais de 226.967.810 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.895 pessoas e foram contabilizados 1.060.432 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.