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Lula da Silva mantém vantagem em sondagens sobre eleição no Brasil em 2022

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Foto NELSON ALMEIDA / AFP

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva mantém ampla vantagem nas sondagens de intenção de voto sobre as presidenciais de 2022 no Brasil, com 44% dos votos na primeira volta, segundo um levantamento divulgado hoje pelo Instituto Datafolha.

Lula da Silva tem praticamente o dobro das intenções de voto o atual chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, que almeja a reeleição e a quem a pesquisa Datafolha atribui 26% dos votos na primeira volta.

A pesquisa mostrou que o país continua polarizado entre Lula da Silva e Bolsonaro pouco mais de um ano antes das eleições presidenciais e que nenhum dos candidatos de centro, que tentam construir uma terceira via, é viável.

Em terceiro lugar na sondagem aparece Ciro Gomes, líder do Partido Democrático do Trabalho (PDT) e que foi o terceiro mais votado nas eleições presidenciais de 2018, com 9% de intenção de votar, e é seguido pelo atual governador de São Paulo, João Doria, possível candidato pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com 4%.

Segundo o levantamento, se as eleições fossem hoje, Lula da Silva seria eleito Presidente sem a necessidade de segunda volta porque tem intenção de voto que supera a de todos os demais candidatos somados (teria mais de 50% dos votos válidos).

Porém, na eventualidade de um possível segundo turno entre Lula da Silva e Bolsonaro, o ex-presidente brasileiro prevaleceria com 56% dos votos sobre o atual mandatário que teria 31% das intenções de voto.

Segundo o Datafolha, os dois líderes nas pesquisas são justamente os candidatos com os maiores índices de rejeição.

Enquanto 59% dos eleitores dizem que não votariam em Bolsonaro em hipótese alguma, 38% dizem o mesmo sobre Lula da Silva.

O índice de rejeição de Ciro Gomes é de 30%, João Doria 37%, José Luiz Datena 19% e Eduardo Leite 18%.

Na quinta-feira, o instituto DataFolha informou que a reprovação dos brasileiros face à gestão de Bolsonaro continua com tendência de aumento e atingiu os 53%, o pior nível desde o início do seu mandato.

No levantamento anterior, feito em julho último, Bolsonaro era rejeitado por 51% dos inquiridos, que avaliaram o seu Governo como "ruim ou péssimo", de acordo com o jornal Folha de S.Paulo, responsável pela divulgação da sondagem.

A nova pesquisa Datafolha ouviu 3.667 eleitores entre segunda e quarta-feira em 190 cidades do país e tem margem de erro de dois pontos percentuais.