Brasil soma 643 mortes e aproxima-se do total de 590 mil óbitos
O Brasil contabilizou 643 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas e aproxima-se de 590 mil óbitos (589.240) desde o início da pandemia, informou hoje o Ministério da Saúde brasileiro.
Em relação às infeções, o país totaliza 21.069.017, após ter registado 34.407 novos casos da doença entre quarta-feira e hoje.
De acordo com o último boletim epidemiológico difundido pela tutela da Saúde, a taxa de incidência da doença em território brasileiro permanece em 280 mortes por 100 mil habitantes e taxa de casos é de 10.025, num momento em que os números da pandemia estão em queda no país.
O Brasil, com 213 milhões de habitantes, continua a ser a segunda nação com mais mortes em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e a terceira com mais diagnósticos positivos, antecedida pelos norte-americanos e pela Índia.
Segundo especialistas, a tendência de queda dos índices da pandemia no Brasil deve manter-se nas próximas semanas e é atribuída à evolução da campanha de vacinação no país sul-americano, onde 67% da população já recebeu a primeira dose da vacina e 35% tem o esquema vacinal completo.
O Ministério da Saúde brasileiro recomendou hoje a suspensão da vacinação contra a covid-19 de adolescentes, devido à "desordem" que existe em alguns Estados do país, que anteciparam a imunização dos jovens.
"A vacinação nas idades entre 12 e 17 anos deveria começar esta quinta-feira", segundo o programa nacional de imunização, mas muitas regiões do país anteciparam-se em algumas semanas, o que tem dificultado a administração dos imunizantes disponíveis, disse o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, em conferência de imprensa.
"Como podemos coordenar uma campanha nacional dessa maneira?", questionou Queiroga, que criticou o facto de alguns Estados do país terem aplicados diversas vacinas em adolescentes, quando, segundo o Ministério da Saúde, a única autorizada para jovens é a do laboratório Pfizer.
De acordo com o governante, "outros tipos de vacinas estão a ser aplicadas em adolescentes, como a da AstraZeneca, Janssen e Coronavac", que ainda não foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador do Brasil) para menores de 18 anos.
Pelos cálculos da tutela da Saúde, nas últimas semanas um total de 3,5 milhões de adolescentes foram vacinados em vários Estados do país e há suspeitas de mais de mil "reações adversas", além de uma morte, cuja relação com a vacinação está sob investigação.
Face ao óbito, a Anvisa indicou hoje que não há evidências que sustentem mudanças nas recomendações previstas para uso da vacina da Pfizer em adolescentes.
De acordo com a agência, os dados disponíveis sobre a morte de uma adolescente de 16 anos, do estado de São Paulo, após uso do imunizante não são suficientes para estabelecer que a vacina tenha causado o óbito.
Queiroga destacou que a suspensão da vacinação de adolescentes não se aplica apenas aos casos de jovens que sofram "deficiências permanentes, comorbidades ou que estejam privados de liberdade".
A covid-19 provocou pelo menos 4.656.833 mortes em todo o mundo, entre mais de 226,31 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.